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UNICAMP_2022
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36
1
Tudo na vida é mortal, tudo se apaga. Se a tua chama se apaga é em ti que está a falta. Faz o que te digo e magia nenhuma te derrubará nesta vida. Tu és feitiço por excelência e não deves procurar mais magia nenhuma. Corpo de mulher é magia. Força. Fraqueza. Salvação. Perdição. O universo inteiro cabe nas curvas de uma mulher. (Paulina Chiziane, Niketche: uma história de poligamia. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. p. 38.) O excerto acima corresponde a uma das primeiras lições que a conselheira amorosa oferece a Rami, a personagem principal do romance. Tendo em vista as várias peripécias vividas por Rami, essa lição é
{'text': ['aceita pela protagonista, mas sua trajetória lhe ensina que o corpo feminino é, no fim das contas, perdição.', 'abandonada pela personagem principal, uma vez que seu marido não se encanta com seus novos ardis.', 'frustrada, pois Rami, ao conhecer suas rivais, percebe que não possui todos os atributos desejáveis.', 'confrontada com a experiência pessoal de Rami e de suas rivais, transformando-as de modo significativo.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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BLUEX
UNICAMP_2022
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36
2
Tenho horror a de aqui a pouco vos ter já dito o que vos vou dizer. As minhas palavras presentes, mal eu as diga, pertencerão logo ao passado, ficarão fora de mim, não sei onde, rígidas e fatais... Falo, e penso nisto na minha garganta, e as minhas palavras parecem-me gente... (Fernando Pessoa, O marinheiro. Campinas: Editora da Unicamp, 2020, p. 51.) O que eu era outrora já não se lembra de quem sou... Às vezes, à beira dos lagos, debruçava-me e fitava-me... Quando eu sorria, os meus dentes eram misteriosos na água... Tinham um sorriso só deles, independentes do meu... (Idem, p. 52.) Nos excertos acima, dois fenômenos são apresentados ao leitor e constituem o principal problema dramático da peça de Fernando Pessoa. Assinale a alternativa que identifica e explica corretamente esses fenômenos.
{'text': ['As palavras e as imagens tornam-se independentes da pessoa humana. Isso significa a cisão entre o sujeito e o mundo ou, ainda, a crise de identidade pessoal reiterada nos diálogos.', 'Proferir um discurso e ver-se refletido em um lago são situações dramáticas que sugerem a unidade entre ser e existir. A questão central, quem eu sou, é resolvida no desfecho da peça.', 'Lembrar e esquecer são dois aspectos inseparáveis da estrutura dramática da peça. Se a imagem refletida no lago não se assemelha à pessoa que a contempla, as palavras, por sua vez, garantem a conexão entre o eu e a realidade exterior.', 'O horror e o mistério das coisas são elementos básicos desse drama. Eles produzem, nas personagens, a convicção de que é útil narrar as experiências do passado porque assim se revela o seu verdadeiro significado.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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BLUEX
UNICAMP_2022
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36
3
Ardentia: s.f. fosforescência sobre as ondas do mar, à noite. Golconda: s. f. (fig.) mina de riquezas. Nereida: s.f. cada uma das ninfas do mar, filhas de Nereu. (Disponíveis em www.aulete.com.br/ Acessado em 30/07/2021.) As Ondas Entre as trêmulas mornas ardentias, A noite no alto-mar anima as ondas. Sobem das fundas úmidas Golcondas, Pérolas vivas, as nereidas frias: Entrelaçam-se, correm fugidias, Voltam, cruzando-se; e, em lascivas rondas, Vestem as formas alvas e redondas De algas roxas e glaucas pedrarias. Coxas de vago ônix, ventres polidos De alabastro, quadris de argêntea espuma, Seios de dúbia opala ardem na treva; E bocas verdes, cheias de gemidos, Que o fósforo incendeia e o âmbar perfuma, Soluçam beijos vãos que o vento leva... (Olavo Bilac, Tarde. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1919, p.48) Em relação ao soneto de Olavo Bilac (no contexto de sua época), é correto afirmar que a seleção lexical favorece a
{'text': ['descrição objetiva que o eu lírico faz da fantasia amorosa recorrendo à riqueza mineral dos oceanos.', 'representação estética que o eu lírico faz do desejo amoroso associado a fenômenos naturais.', 'descrição científica que o eu lírico faz do corpo feminino recorrendo a fenômenos da natureza.', 'representação natural que o eu lírico faz do jogo de sensualidade associado à mitologia grega.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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UNICAMP_2022
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36
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Na ribeira do Eufrates assentado, Discorrendo me achei pela memória Aquele breve bem, aquela glória, Que em ti, doce Sião, tinha passado. Da causa de meus males perguntado Me foi: Como não cantas a história De teu passado bem e da vitória Que sempre de teu mal hás alcançado? Não sabes, que a quem canta se lhe esquece O mal, inda que grave e rigoroso? Canta, pois, e não chores dessa sorte. Respondi com suspiros: Quando cresce A muita saudade, o piedoso Remédio é não cantar senão a morte. (Luís de Camões, 20 sonetos. Org. Sheila Hue. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p.113). Considerando as características formais e o núcleo temático, é correto afirmar que o poema retoma o dito popular
{'text': ['“longe dos olhos, perto do coração”.', '“mais vale cantar mal que chorar bem”.', '“a cada canto seu Espírito Santo”.', '“quem canta seus males espanta”.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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36
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(...) eu sou um pobre relojoeiro que, cansado de ver que os relógios deste mundo não marcam a mesma hora, descri do ofício. (...) Um exemplo. O Partido Liberal, segundo li, estava encasacado e pronto para sair, com o relógio na mão, porque a hora pingava. Faltava-lhe só o chapéu, que seria o chapéu Dantas, ou o chapéu Saraiva (ambos da chapelaria Aristocrata); era só pô-lo na cabeça, e sair. Nisto passa o carro do paço com outra pessoa, e ele descobre que ou o seu relógio está adiantado, ou o de Sua Alteza é que se atrasara. Quem os porá de acordo? (Machado de Assis, Bons dias. Introdução e notas John Gledson. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2008, p. 79.) Com relação ao excerto da crônica de Machado de Assis, publicada em 05 de abril de 1888 na Gazeta de Notícias, é correto afirmar que a metáfora mecânica faz referência à passagem do tempo, aludindo à expectativa de mudança de
{'text': ['regime a partir de discordâncias políticas que levaram à eleição do governo imperial.', 'século, marcada pela perspectiva da chegada do meteorito de Bendegó na corte imperial.', 'mentalidade escravagista, com um pacto político para suspensão de costumes imperiais.', 'legislação, com a alternância entre partidos para a formação de um novo ministério do governo imperial.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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UNICAMP_2022
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36
6
No ano seguinte, o Ateneu revelou-se-me noutro aspecto. Conhecera-o interessante, com as seduções do que é novo, com as projeções obscuras de perspectiva, desafiando curiosidade e receio; conhecera-o insípido e banal como os mistérios resolvidos, caiado de tédio; conhecia-o agora intolerável como um cárcere, murado de desejos e privações. (Raul Pompeia, O Ateneu. 7ª. ed. São Paulo: Ática, 1980, p. 98.) Com base no excerto que inicia o capítulo VIII do romance de Raul Pompéia e no seu subtítulo – crônica de saudades –, é correto afirmar que a obra é
{'text': ['um relato, em primeira pessoa, de experiências coletivas e íntimas, no qual o protagonista mostra aspectos da realidade social, valorizando o sistema escolar e prisional.', 'um romance de formação, no qual o protagonista revela condutas e intrigas no ambiente escolar, com elogios à pedagogia corretiva e aos valores morais da burguesia.', 'uma narrativa memorialista de experiências vividas num internato, na qual o protagonista revela aspectos do sistema educacional da época, com críticas à hipocrisia burguesa.', 'um relato saudosista de experiências vividas no internato, no qual o protagonista mostra o poder de sedução e corrupção das amizades, com críticas à falsidade da burguesia.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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36
11
No conjunto de seus diferentes usos, a palavra “cultura” pode significar um valor individual do sujeito que “tem cultura”; um valor coletivo de povos, etnias e grupos sociais que produzem bens culturais que podem tornar-se propriedade de alguns; um valor de produto comercializado, como um livro, um quadro, uma peça teatral. O controle da circulação de bens começa com a invenção da imprensa no século $XV$, seguida da regulação dos direitos autorais e de reprodução. Hoje, a expansão da tecnologia digital, o compartilhamento nas redes e seu monopólio resultam em condições ainda mais complexas de produção, circulação e comercialização de bens culturais. Além disso, tradições milenares no Extremo Oriente e em alguns povos originários da América Latina mostram que o mundo não é só o que chamamos de Ocidente e que as noções de cópia, original, livre e coletivo diferem entre culturas diversas. Nesse contexto, pergunta o autor, como defender uma cultura livre? (Adaptado de Leonardo Foleto, Introdução ao livro A cultura é livre: uma história da resistência antipropriedade. Disponível em https:// outraspalavras.net/alemdamercadoria/cultura-seus-tres-significados-e-sua- libertacao/ . Acessado em $10/04/2021$.) Com base no que afirma o autor, a defesa de uma cultura livre dependeria
{'text': ['da produção e circulação de bens culturais por grupos sociais.', 'da atenção dada aos valores individuais e aos direitos autorais.', 'da consideração de experiências e valores de outras culturas.', 'do compartilhamento de bens culturais via tecnologia digital.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['portuguese']
BLUEX
UNICAMP_2022
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36
13
Certo país adquiriu $5.000.000$ de doses das vacinas Alfa, Beta e Gama, pagando um preço de $R\$ 40.000.000,00$ pelo total. Cada dose das vacinas Alfa, Beta e Gama custou $R\$ 5,00$, $R\$ 10,00$ e $R\$ 20,00$, respectivamente. Sabendo que o número de doses adquiridas da vacina Beta é o triplo do número de doses adquiridas da vacina Gama, o número de doses adquiridas da vacina Alfa foi de:
{'text': ['1.500.000.', '2.000.000.', '2.500.000.', '3.000.000.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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36
14
Certo modelo de carro é vendido em duas versões: uma a gasolina e outra híbrida. Essa última versão conta com um motor elétrico para funcionar em baixas velocidades, reduzindo, assim, o consumo de combustível e também os índices de poluição. A versão a gasolina custa R\$ 150.000,00 e a versão híbrida custa R\$ 180.000,00. A tabela a seguir indica o consumo de combustível de cada uma das versões: Uso na cidade Uso na estrada Versão a gasolina $12 \text{ km/l}$ $14 \text{ km/l}$ Versão híbrida $18 \text{ km/l}$ $16 \text{ km/l}$ Note que a versão híbrida é mais econômica, porém custa mais caro. Um motorista faz diariamente um percurso de $36 \text{ km}$ na cidade e de $56 \text{ km}$ na estrada. Considerando que cada litro de gasolina custa R\$ 5,00 e que, ao longo do tempo, esse preço será constante e o percurso não se alterará, quantos anos de uso serão necessários para que a economia no abastecimento compense o preço mais alto pago inicialmente pelo carro híbrido?
{'text': ['Mais que 8 e menos que 10 anos.', 'Mais que 10 e menos que 12 anos.', 'Mais que 12 e menos que 14 anos.', 'Mais que 14 e menos que 16 anos.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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16
Dados os números reais positivos $a_1, a_2, \dots, a_n$ a média geométrica destes termos é calculada por: $$ M = (a_1 \cdot a_2 \cdot \dots \cdot a_n)^{1/n} $$ A média geométrica de $1, 10, 100, \dots, 10^{22}$ é:
{'text': ['10^11', '10^12', '10^13', '10^14'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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36
17
Para conter uma certa epidemia viral, uma vacina será aplicada a uma população. Sabe-se que: • a efetividade de uma vacina pode ser entendida como sendo a porcentagem dos indivíduos vacinados que estarão imunes à doença; e • para controlar a epidemia, a porcentagem mínima de uma dada população a ser imunizada é dada pela fórmula $I(R_0) = 100\frac{R_0 -1}{R_0}$, em que $R_0 > 1$ é um valor associado às características da epidemia. Assume-se, ainda, que uma eventual imunização somente é adquirida por meio da vacina. Em relação à epidemia e à vacinação, é correto afirmar que
{'text': ['a porcentagem mínima da população que deve ser vacinada para controlar a epidemia é sempre maior que 50%.', 'para uma vacina, quanto maior , menor a porcentagem mínima da população que deve ser vacinada para controlar a epidemia. R0', 'para uma vacina, quanto maior , maior a porcentagem mínima da população que deve ser vacinada para controlar a epidemia. R0', 'para um dado , quanto maior a efetividade da vacina, maior a porcentagem mínima da população que deve ser vaciRn0ada para controlar a epidemia.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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36
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Para conter uma certa epidemia viral, uma vacina será aplicada a uma população. Sabe-se que: • a efetividade de uma vacina pode ser entendida como sendo a porcentagem dos indivíduos vacinados que estarão imunes à doença; e • para controlar a epidemia, a porcentagem mínima de uma dada população a ser imunizada é dada pela fórmula $I(R_0) = 100\frac{R_0 -1}{R_0}$, em que $R_0 > 1$ é um valor associado às características da epidemia. Assume-se, ainda, que uma eventual imunização somente é adquirida por meio da vacina. Assuma que $R_0=2$. Sabendo que uma dada vacina tem $80\%$ de efetividade, em qual dos intervalos se encontra a porcentagem minima da população que deve ser vacinada para controlar a epidemia?
{'text': ['Entre 46% e 55%.', 'Entre 56% e 65%.', 'Entre 66% e 75%.', 'Entre 76% e 85%.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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36
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Um círculo está inscrito em um quadrilátero $ABCD$. Seja $T$ o ponto de tangência do lado $DA$ com o círculo. Sabe-se que as medidas dos lados $AB$, $BC$ e $CD$ formam, nesta ordem, uma progressão aritmética crescente de números inteiros e que a medida do lado $DA$ é $3$. Considerando que a medida do segmento $TA$ é um número inteiro, as medidas dos lados $AB$, $BC$ e $CD$ são, respectivamente:
{'text': ['1,3,5.', '2,3,4.', '2,4,6.', '3,4,5.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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Considere a matriz $A = \begin{pmatrix} 1 & k \\ 3 & k^2 \end{pmatrix}$ e seja $B = A + A^T$, onde $A^T$ é a transposta da matriz $A$. Sobre o sistema $B \begin{pmatrix} x \\ y \end{pmatrix} = \begin{pmatrix} 2021 \\ 2022 \end{pmatrix}$ é correto afirmar que
{'text': ['se k=0, o sistema não tem solução.', 'se k = -1, o sistema tem infinitas soluções.', 'se k = -1, o sistema não tem solução.', 'se k = 3, o sistema tem infinitas soluções.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['mathematics']
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A parábola $y = -x^2 + bx + c$ intercepta o eixo $x$ nos pontos $(p,0)$ e $(q,0)$. Sabe-se que ela intercepta uma única vez cada uma das retas dadas pelas equações $y=2x+1$ e $y=1 - x/2$. o valor de $p + q$ é
{'text': ['2/3.', '3/4.', '4/3.', '3/2.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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36
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O polinômio $p(x) = 2x^3 + ax^2 + bx + c$ é divisível por $2x^2 - x + 4$. O valor de $c + 2b - a$ é:
{'text': ['9.', '15.', '21.', '25.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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['mathematics']
BLUEX
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Resíduos de papel contribuem para que o clima mude mais do que a maioria das pessoas pensam. A Blue Planet Ink anunciou que sua tinta de impressora autoapagável Paper Saver® agora está disponível em cartuchos remanufaturados para uso em impressoras de uma determinada marca. A tinta autoapagável (economizadora de papel) é uma tinta roxa de base aquosa, que pode ser impressa em papel sulfite normal. Um cartucho rende a impressão de até $4000$ folhas. Com a exposição ao ar, ao absorver dióxido de carbono e vapor de água, o componente ativo (corante) da tinta perde sua cor, a impressão torna-se não visível e o papel fica branco, tornando possível sua reutilização. A "pegada de carbono" isto é, a quantidade de carbono gerada na produção, transporte e descarte – de $120$ folhas de papel é a mesma de um carro a gasolina que se move por $16$ km. O Regulamento sobre Automóveis de Passageiros da Comissão Europeia estabeleceu como meta que as emissões dos veículos leves não poderão ultrapassar $95$ g CO$_2$/km a partir de $2020$. Levando em conta a combustão completa da gasolina (considere a gasolina como sendo constituída unicamente por C$_8$H$_{18}$) e nas informações do texto de referência, o uso de um cartucho da tinta Paper Saver®, nas condições estabelecidas pela Comissão Europeia,considerando Massas molares em g.mol$^{-1}$: H = $1$, C = $12$, O = $16$, permitiria reduzir a emissão de aproximadamente:
{'text': ['1,5 kg de CO2 , que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.', '50 kg de CO2 , que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.', '1,5 kg de CO2 , que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.', '50 kg de CO2 , que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['chemistry']
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36
38
O crescente interesse em combustíveis renováveis, derivados tanto da cana de açúcar quanto da cana de energia, tem impulsionado estudos no sentido de permitir o maior aproveitamento desses dois tipos de cana na produção de bioetanol de primeira e segunda geração, sendo este último um biocombustível produzido a partir de fibras presentes na cana. Em um simpósio brasileiro sobre bioetanol e biorrefino, realizado em $2017$, foram apresentados dados relativos à produção de bioetanol a partir de cana de açúcar e cana de energia. Um pequeno extrato desses dados encontra-se na tabela a seguir. Característica - Cana de açúcar - Cana de energia Teor de fibra $(\%)$ - $14$ - $25$ Massa de fibra $(\text{t/ha})$ - $11$ - $45$ Teor de açúcar $(\%)$ - $14$ - $8$ Massa de açúcar $(\text{t/ha})$ - $11$ - $14$ Comparando-se os dados, pode-se concluir que a vantagem da cana de energia em relação à cana de açúcar reside em uma maior produção de bioetanol de
{'text': ['primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá na produção de bioetanol de segunda geração, tendo como base a produtividade por hectare.', 'segunda geração, produção essa que compensa a diminuição na produção de bioetanol de primeira geração, tendo como base a produtividade por hectare.', 'primeira geração, produção essa que compensa a diminuição na produção de bioetanol de segunda geração, tendo como base os teores indicados.', 'primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá na produção de bioetanol de primeira geração, tendo como base os teores indicados.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['chemistry']
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36
43
Na economia do Chile, entre outros aspectos, destacam-se as indústrias vitivinícola, agrícola, pesqueira e mineira. Houve um ciclo muito forte de exportação de matérias- primas que produziu um grande crescimento econômico, no chamado “milagre chileno”, a partir dos anos 1980. Segundo o Banco Mundial, o paradoxo foi o aumento brutal da desigualdade. As consequências surgiram em 2019, com protestos sociais que culminaram com uma Assembleia Constituinte para rever a Constituição vigente, ainda um resquício do período da ditadura. (Adaptado de https://brasil.elpais.com/internacional/2021-07-04/chile-inicia- um-novo-ciclo-e-comeca-a-redigir-a-constituicao-que-substituira-a-de-pino chet.html. Acessado em 03/07/2021.) Sobre a formação socioespacial chilena, é correto afirmar que
{'text': ['pratica a vitivinicultura na Patagônia, extrai bauxita no Atacama, conta com uma economia bastante centrada no Estado e as privatizações foram generalizadas.', 'extrai cobre da Patagônia, pratica a salmonicultura no Atacama, conta com uma economia bastante centrada no mercado e as privatizações só atingiram o setor do petróleo.', 'pratica a carcinicultura na Patagônia, extrai ouro do Atacama, conta com uma economia centrada nas empresas estatais e as privatizações foram inexistentes.', 'extrai cobre do Atacama, pratica a salmonicultura na Patagônia, conta com uma economia bastante centrada no mercado e as privatizações foram generalizadas.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['geography']
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46
Os quilombos, espaços da resistência e da insurgência negra desde a sua origem, foram criados como estratégia de enfrentamento ao sistema escravocrata. Nos processos de resistência e sobrevivência dos quilombos que chegam aos dias atuais, as relações culturais, as identidades e os conflitos têm como elemento central os territórios, tensionados por interesses ilegítimos e inconstitucionais de terceiros em disputa pela propriedade da terra. Pouco se divulga que existem, atualmente no território brasileiro, aproximadamente $3.500$ comunidades quilombolas que guardam um sentimento de pertença a um grupo e a um lugar. Estão distribuídas por todas as regiões do país, com destaque para os estados do Pará, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul. (Adaptado de Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas [CONAQ]; TERRA DE DIREITOS, Racismo e violência contra quilombos no Brasil. Disponível em https://cdhpf.org.br/cat_galeria/publicacoes/estudos/racismo-e-violencia- contra quilombos-no-brasil/. Acessado em $03/07/2021$.) Sobre a demarcação e titulação das terras quilombolas no Brasil, é correto afirmar que teve início com a
{'text': ['lei de Terras de 1850; avançou na segunda metade do século XIX, especialmente após a abolição da escravatura e a institucionalização dos territórios quilombolas rurais.', 'Constituição de 1988; ainda está em curso o processo de demarcação e poucos territórios quilombolas (rurais e urbanos) receberam a titulação da propriedade até o momento.', 'lei de Terras de 1850; na ocasião, foram demarcados os territórios rurais quilombolas, uma vez que não havia trabalho para homens negros e mulheres negras nas cidades.', 'Constituição de 1988; na década passada, por meio de políticas públicas, foi finalizada a demarcação e a titulação dos territórios quilombolas rurais, ficando pendente a titulação dos quilombos urbanos.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['geography' 'history']
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UNICAMP_2022
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36
48
Pouco a pouco a noção de “governança” toma o lugar da categoria “soberania”, tornada antiquada e desvalorizada segundo os princípios da disciplina neoliberal da globalização econômica. Para os defensores da governança, um Estado não deve mais ser julgado por sua capacidade de assegurar soberania sobre um território, mas pelo respeito às injunções de organismos internacionais que representam grandes interesses comerciais e financeiros globais. (Adaptado de Pierre Dardot e Christian Laval, A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 276.) Sobre os conceitos de “governança” e “soberania”, podemos afirmar que
{'text': ['são sinônimos, pois fazem referência à melhor forma de ajustar a condução das empresas e dos Estados ao controle democrático das populações.', 'as legislações indiretas que beneficiam determinados interesses em detrimento do interesse público são declinantes, daí a menor importância das privatizações hoje.', 'os dois termos são contraditórios, na medida em que representam interesses opostos: de um lado os interesses públicos nacionais; de outro, as exigências da globalização.', 'implicam cogovernanças privado-públicas das políticas econômicas, levando à produção de medidas e dispositivos favoráveis às soberanias nacionais.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['geography' 'history']
BLUEX
UNICAMP_2022
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36
50
Na Antiguidade Clássica, os gregos sabiam que a terra era redonda. Supunha-se, porém, que, se existisse gente do outro lado do globo, elas viveriam de pernas para o ar, uma vez que, nessa época, não havia ainda notícia da força da gravidade. Sobre a percepção da Terra e a ciência nos Descobrimentos, há um público que pensa na modernidade científica como algo do século $XVII$, esquecendo que uma nova mentalidade empírica com implicações tecnológicas motivou os Descobrimentos portugueses. O norte- americano Washington Irving e o francês Antoine-Jean Letronne, em finais do século $XIX$ e princípios do $XX$, difundiram o mito da "terra plana”, o que logo ganhou adeptos. De acordo com os autores desse mito, Colombo teria proposto a D. João II sua teoria supostamente revolucionária da esfericidade da terra. O rei teria reunido seus especialistas, que rejeitaram a proposta porque achavam que a terra era plana. A viagem de Colombo com a descoberta das Américas, todavia, confirmaria a redondeza da Terra. O mito, porém, prevaleceu. No entanto, a realidade é deveras fascinante. (Adaptado de Onésimo Teotónio Almeida, A ciência no Portugal da Expansão. Ideias. jornaldeletras. pt. 26 de setembro a 9 de outubro de 2018, p. 31-32.) Baseado no enunciado acima, é correto afirmar:
{'text': ['O mito da terra plana, disseminado em finais do século XIX, foi usado para interpretar os Descobrimentos portugueses, e até hoje cativa um público. Ainda assim, desde a Antiguidade, já se sabia que a Terra é redonda.', 'Os Descobrimentos portugueses subordinam-se à noção de Revolução Científica do século XVII, resultando em uma inovação tecnológica associada a uma mentalidade racionalista singular.', 'O texto propõe compreender os Descobrimentos portugueses como impulsionados por uma nova mentalidade empírica com implicações tecnológicas, o que reafirma a noção da Terra plana.', 'No domínio da modernidade científica, os Descobrimentos portugueses vão além do mito de Colombo e da Terra plana. Seus conhecimentos, porém, desembocaram em resultados de pouco significado histórico.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['history']
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A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores. (Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.) Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha Nzinga:
{'text': ['Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em seus territórios, a formação de alianças com reinos vizinhos (como Congo), a exploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes do tráfico.', 'Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em sua extensão original através da política de distribuição de terras aos sobas que aceitaram a sua legitimidade no trono.', 'Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da oposição de missionários e comerciantes portugueses que viviam em Luanda, e perseguiu os sobas envolvidos com o comércio.', 'Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político eram hegemonicamente masculinos e, assim como a Rainha Elizabeth I, não teve sucesso político e militar.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['history']
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A sociedade é uma benção, mas o governo, mesmo em seu melhor estado, é apenas um mal necessário. No seu pior estado, é um mal intolerável, pois quando sofremos ou ficamos expostos, por causa de um governo, às mesmas desgraças que poderíamos esperar em um país sem governo, nossa calamidade pesa ainda mais ao considerarmos que somos nós que fornecemos os meios pelos quais sofremos. Há algo de muito ridículo na composição da monarquia; primeiro ela exclui um homem dos meios de informação, mas lhe permite agir em casos que requerem capacidade superior de julgamento. A posição de um rei o aparta do mundo; no entanto, a atividade de um rei exige que ele conheça perfeitamente o mundo. Com isso, as diferentes partes, opondo-se de forma antinatural e destruindo uma à outra, provam que essa figura é absurda e inútil. (Adaptado de Thomas Paine, Senso comum e os direitos do homem. L&PM Pocket. Edição do Kindle - posição $32$ a $138$.) O trecho acima foi retirado do panfleto O Senso comum e Os direitos do homem, publicado de forma anônima, em $1776$. Com autoria assumida por Thomas Paine, a obra causou grande reação pública. A partir do texto e das informações fornecidas, é correto dizer que o autor
{'text': ['apresenta a Monarquia como um mal necessário e a figura do rei absolutista como absurda e inútil, contudo inquestionável. Paine tornou-se o principal nome contrário à Revolução Americana.', 'estabelece uma relação direta entre a sociedade e o governo, abrindo espaço para debates acerca do mau governo. O panfleto escrito por Paine tornou-se uma base teórica para a Revolução Americana.', 'demonstra como regimes autoritários favorecem os meios de informação, para que os homens exerçam suas capacidades de julgamento. Paine usou jornais para combater a Revolução Americana.', 'considera que sociedades com e sem governos têm os mesmos benefícios, desenvolvendo-se de formas semelhantes. Paine desencorajou o engajamento dos colonos ingleses na Revolução Americana.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['geography' 'history']
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53
Não parece ser obra do acaso a preservação da unidade territorial do Império do Brasil, quando comparada à fragmentação política experimentada pelos antigos vice- reinos hispano-americanos, entre $1810$ e $1825$. Em Lisboa, no âmbito da Sociedade Real Marítima e Militar ($1798$-$1807$), foram preparadas memórias históricas, corográficas e roteiros hidrográficos redigidos pelos engenheiros militares e navais. Esta documentação serviu à diplomacia do Império brasileiro nos tribunais internacionais; mas também, muniu, internamente, a organização das expedições de conquista territorial, levadas ao cabo pelas elites regionais antes e após a Independência. (Adaptado de Iris Kantor, Mapas em trânsito: projeções cartográficas e processo de emancipação política do Brasil ($1779$-$1822$). Araucaria. Ver. Iberoamericana de Filos., Polít. y Humanidades. $2010$, $12$, n. $24$. p. $110$.) Considerando o excerto acima e seus estudos, pode-se afirmar que
{'text': ['o processo de fragmentação política da América hispânica durante o período da independência foi similar ao processo histórico da independência no Brasil.', 'na Sociedade Real Marítima e Militar, os estudos dos engenheiros militares e navais eram documentos públicos amplamente divulgados em livros didáticos da época.', 'a documentação da Sociedade Real Marítima e Militar foi usada, no Brasil, na fundação do Estado e no reconhecimento territorial da nação.', 'as elites regionais, formadas em Direito, atuaram na formação do território brasileiro, pouco dialogando com os estudos de engenharia militar.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['history']
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No início da década de 1920, o Brasil se preparou para celebrar os cem anos de sua independência na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, um de seus momentos simbólicos mais significativos. Ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, entre 7 de setembro de 1922 e 2 de julho de 1923, o evento mobilizou grandes recursos financeiros e foi responsável pela reordenação do espaço urbano. O Estado, por meio da comissão organizadora do evento, incentivou pela primeira vez a realização de documentários fílmicos. (Adaptado de Eduardo Morettin, Um apóstolo do modernismo na Exposição Internacional do Centenário: Armando Pamplona e a Independência. Film. Significação, 2012, n. 37, p. 77.) A partir do texto, assinale a alternativa correta sobre o evento do centenário da independência.
{'text': ['Este evento apostou no cinema e na exposição para exibir de modo tradicional, aos brasileiros, um país ibérico, associado às navegações modernas.', 'Esta política de celebração de centenários datava do século XIX, envolvendo esporadicamente os serviços diplomáticos do ocidente.', 'A política de associar o cinema à exposição do centenário da independência evidencia uma vontade do Estado em propagandear um país moderno.', 'O cinema e a exposição eram veículos de propaganda política, continuando um projeto de tornar o Rio de Janeiro o cartão postal da monarquia brasileira.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['history']
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36
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É uma tarefa difícil realizar um diagnóstico do tempo presente. Definir o presente como “época”? Os marcos canônicos (geralmente de natureza política) variam, sabidamente, ao gosto das experiências nacionais. Na França, na península Ibérica e no Brasil, o marco que define o início da história contemporânea é a Revolução Francesa. Na Alemanha e na Inglaterra, o historiador que se dedica à história contemporânea trabalha preferencialmente com eventos posteriores à II Guerra Mundial. Contemporânea, na Rússia, é a história posterior a $1918$. Na Itália, por sua vez, trata-se do período que advém após o Congresso de Viena ($1814$-$1815$). (Adaptado de Helena Miranda Mollo, Sergio da Mata, Mateus Henrique de Faria Pereira e Flávia Varella, Tempo presente & usos do passado. Rio de Janeiro: Editora FGV, $2012$. Posição Kindle: $107$-$111$.) A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
{'text': ['o recorte temporal de História Contemporânea é natural e consensual entre as civilizações ocidentais e resume o que podemos definir como História do Tempo Presente.', 'experiências traumáticas marcadas, por exemplo, pelas duas grandes guerras mundiais, definem nossa experiência de tempo presente e delimitam o início da História Contemporânea.', 'as balizas cronológicas da História que definem as periodizações usadas pelas grandes narrativas históricas e livros escolares são de natureza política, variando de acordo com as experiências nacionais.', 'os riscos de se construir narrativas múltiplas sobre a história do tempo presente tornam urgente uma revisão histórica que estabeleça balizas cronológicas universais na linearidade do tempo histórico.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['history']
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36
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Seja a função $h(x)$ definida para todo número real por $$ h(x) = \begin{cases} 2^{x+1}, & \text{se } x \leq 1 \\ x - 1, & \text{se } x > 1 \end{cases} $$ Então, $h(h(h(0)))$ é igual a
{'text': ['Esses movimentos eclodiram na segunda metade do século XX, foram perseguidos e silenciados pela ditadura militar e retornaram à cena pública após a instauração de um regime democrático.', 'Por sua capacidade de obter alcance social, desde a década de 1970, as mídias são ferramentas para a construção de uma cidadania plena, sendo a busca por visibilidade, portanto, uma das estratégias de ação do movimento LGBTQIA+.', 'O Brasil do século XX construiu-se como uma democracia racial, o que garantiu aos movimentos políticos e identitários nacionais o acesso aos direitos civis, políticos e sociais, esvaziando as agendas dos militantes LGBTQIA+.', 'Na atualidade, a onda de crimes de homofobia e transfobia estimulam o movimento LGBTQIA+ a rever a pauta da visibilidade dos sujeitos, tornando a militância mais discreta e voltada para o espaço privado da ação dos indivíduos.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['history']
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Sempre que necessário aproxime $\pi = 3$. USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO Em 2018, a NASA lançou a sonda Solar Parker com o objetivo de estudar o Sol. Para isso, ao longo de suas órbitas, a sonda se aproximará gradativamente da estrela, coletando dados a cada passagem. Em abril de 2021, a Solar Parker fez sua oitava aproximação, atingindo dois novos recordes de artefatos realizados pelo homem: maior velocidade e máxima aproximação do Sol. Uma sonda viaja a uma velocidade de módulo constante igual a $v = 5 \times 10^5 \text{ km/h}$ (aproximadamente a velocidade atingida pela sonda em abril de 2021), tangenciando a superfície da Terra ao longo da Linha do Equador. Em uma hora, aproximadamente quantas voltas a sonda dá em torno da Terra? Dado: Raio da Terra $R = 6,0 \times 10^3 \text{ km}$.
{'text': ['83', '30', '14', '0'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['physics']
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36
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Sempre que necessário aproxime $\pi = 3$. USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO Em 2018, a NASA lançou a sonda Solar Parker com o objetivo de estudar o Sol. Para isso, ao longo de suas órbitas, a sonda se aproximará gradativamente da estrela, coletando dados a cada passagem. Em abril de 2021, a Solar Parker fez sua oitava aproximação, atingindo dois novos recordes de artefatos realizados pelo homem: maior velocidade e máxima aproximação do Sol. A força gravitacional exercida pelo Sol sobre a sonda Solar Parker tem módulo dado por $F = \frac{GMm}{r^2}$, sendo $G = 6,7 \times 10^{-11} \, \text{N} \cdot \text{m}^2/\text{kg}^2$ a constante gravitacional universal, $M = 2,0 \times 10^{30} \, \text{kg}$ a massa do Sol, $m$ a massa da sonda, e $r$ a distância entre a sonda e o centro do Sol. Sendo $r = 1,0 \times 10^7 \, \text{km}$ (aproximadamente a distância atingida pela sonda em abril de 2021), qual é o módulo da aceleração gravitacional do Sol na referida posição?
{'text': ['6,7x10^-29 m/s^2.', '1,34 m/s^2.', '9,8 m/s^2.', '2,0x10^10 m/s^2.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['physics']
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Em abril de 2021 faleceu o astronauta norte-americano Michael Collins, integrante da missão Apolo 11, que levou o primeiro homem à Lua. Enquanto os dois outros astronautas da missão, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, desceram até a superfície lunar, Collins permaneceu em órbita lunar pilotando o Módulo de Comando Columbia. A órbita do Columbia era aproximadamente circular, e o módulo da aceleração gravitacional na órbita era $g_{orb} = 1,4 \, \text{m/s}^2$. A força resultante centrípeta é desempenhada pela força gravitacional exercida pela Lua, ou seja, $F_{cp} = m_{columbia} g_{orb}$. Sendo o módulo da velocidade do Columbia $v = 1600 \, \text{m/s}$, qual foi aproximadamente o período $T$ da órbita?
{'text': ['T = 20 min.', 'T = 2,0 h.', 'T = 3,0 h.', 'T = 4,0 h.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['physics']
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Em abril de 2021 faleceu o astronauta norte-americano Michael Collins, integrante da missão Apolo 11, que levou o primeiro homem à Lua. Enquanto os dois outros astronautas da missão, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, desceram até a superfície lunar, Collins permaneceu em órbita lunar pilotando o Módulo de Comando Columbia. A viagem desde o Columbia até a superfície da Lua foi realizada no Módulo Lunar Eagle, formado por dois estágios: um usado na descida e outro, na subida. A massa seca do estágio de subida, ou seja, sem contar a massa do combustível (quase totalmente consumido na viagem de volta), era $m = 2500 \text{ kg}$. Considere que o módulo da aceleração gravitacional seja aproximadamente constante e dado por $g = g_{\text{orb}} = 1,4 \text{ m/s}^2$ desde a superfície lunar até a órbita do Columbia, que se situava a uma altitude $h = 110 \text{ km}$. Qual é a variação da energia potencial gravitacional do estágio de subida (massa seca que reencontra o Columbia) na viagem de volta?
{'text': ['3,85x10^5 J.', '2,75x10^8 J.', '3,85x10^8 J.', '2,75x10^9 J.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['physics']
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O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (PMA-ONU) foi agraciado com o prêmio Nobel da Paz em 2020. No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, quatro em cada $10$ famílias não tiveram acesso diário, regular, e permanente à quantidade suficiente de comida em 2017 e 2018. A fome é declarada quando a desnutrição é generalizada e quando as pessoas começam a morrer por falta de alimentos nutritivos e suficientes. A diversidade dos alimentos ingeridos garante nutrientes para o desempenho ideal das funções do organismo. (Fonte: UNITED NATIONS [UN]. World Food Program. What is famine? Disponível em https://www.wfp.org/stories/what-is-famine. Acessado em 08/06/ 2021.) Assinale a alternativa correta sobre os nutrientes e sua importância para a saúde humana.
{'text': ['A hidrólise dos carboidratos essenciais fornece aminoácidos para a formação das proteínas, as quais têm função construtora de diferentes tecidos.', 'Os lipídios contêm desoxirriboses e ácidos graxos, constituem as membranas plasmáticas e participam da síntese de colesterol no organismo.', 'Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para diversas funções do organismo, como a síntese de glicogênio, de proteínas e de vitaminas.', 'As vitaminas atuam como antioxidantes e são substâncias energéticas cuja composição fornece ao organismo glicídios utilizados na respiração celular.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['biology']
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Eu estava tão fraca, meu corpo estava tão debilitado, que pensava: só quero terminar a obra antes de morrer”, relatou a artista plástica Gillian Genser durante a confecção da escultura que representaria Adão. Nessa obra, a artista utilizou conchas de mexilhão azul, que vive nas águas da costa Atlântica do Canadá. Mas durante a criação da obra, a artista apresentou sintomas de demência severa, dores que a imobilizavam, problemas de fala, desorientação espacial, perda de memória. Foi diagnosticada com envenenamento por arsênico e por chumbo, apesar de dizer aos especialistas que não trabalhava com materiais tóxicos, apenas naturais. (Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46908197. Acessado em 11/06/2021.) Considerando o relato da reportagem e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre os mexilhões.
{'text': ['São moluscos bivalves - considerados predadores ativos das cadeias tróficas -, capazes de metabolizar e excretar elevadas taxas de arsênico e chumbo.', 'São moluscos bivalves - considerados bentônicos filtradores - tolerantes à poluição e capazes de bioacumular elevadas taxas de arsênico e chumbo.', 'São crustáceos - considerados predadores ativos das cadeias tróficas -, capazes de metabolizar e excretar elevadas taxas de arsênico e chumbo.', 'São crustáceos - considerados bentônicos filtradores - tolerantes à poluição e capazes de bioacumular elevadas taxas de arsênico e chumbo.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['biology']
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68
A estiagem prolongada no Pantanal, devido às fracas temporadas de chuvas em $2019$ e $2020$, criou condições para a manutenção e propagação do fogo, e para o menor nível de inundação do Pantanal dos últimos $50$ anos. (Adaptado de Marcos Pivetta, Pesquisa Fapesp, São Paulo, v. $297$, nov. $2020$, p. $31-35$.) Considerando as informações fornecidas e seu conhecimento sobre os biomas, é correto afirmar que
{'text': ['a pluviosidade sobre os rios da bacia do rio Paraguai é determinante para as inundações do Pantanal, um bioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e campo. A produtividade primária do bioma, devido à conversão de luz solar em energia e biomassa, dá suporte para os demais níveis tróficos.', 'a pluviosidade sobre os rios da bacia do rio Cuiabá é determinante para as inundações do Pantanal, um bioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e caatinga. A produtividade primária do bioma, devido à conversão de luz solar em energia e matéria orgânica, dá suporte aos animais endêmicos.', 'as chuvas sobre os rios da bacia do rio Paraguai são importantes para o ciclo de alagamento do Pantanal, um bioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e caatinga. A produtividade secundária do bioma, com a conversão de luz solar em energia e biomassa, dá suporte para os demais níveis tróficos.', 'as chuvas sobre os rios da bacia do rio Cuiabá são importantes para o ciclo de alagamento do Pantanal, um bioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e campo. A produtividade secundária do bioma, com a conversão de luz solar em energia e matéria orgânica, dá suporte aos animais endêmicos.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['geography']
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71
Vacinar-se é um ato necessário para proteção individual e coletiva. Até o momento, quatro vacinas contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil e podem apresentar biotecnologia distinta para promover a resposta imune do organismo. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre o princípio tecnológico da vacina e a resposta imune induzida no organismo vacinado.
{'text': ['O DNA sintético induz a produção da proteína spike do SARS-CoV-2, o que estimula a produção de antígenos pelo sistema imune.', 'O adenovírus, como um vetor viral replicante, carrega o gene da proteína spike do SARS-CoV-2 e induz a produção de anticorpos pelo sistema imune.', 'A partícula viral ativa do SARS-CoV-2 possui no capsídeo a proteína spike, que induz a produção de antígenos pelo sistema imune.', 'O RNAm sintético fornece instruções ao organismo para a produção da proteína spike do SARS-CoV-2, o que estimula a produção de anticorpos pelo sistema imune.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['biology']
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2
Papo Preto: Vamos falar sobre transfeminismo? Neste episódio do podcast Papo Preto, o apresentador Yago Ro- drigues e a cinegrafista Débora Oliveira recebem Jarda Maria, que se tornou símbolo da luta pelos direitos das transexuais em Recife após ingressar na Universidade Federal de Pernambuco. Ela fala sobre os desafios de ocupar e se manter no ambiente acadêmico e da importância de compreender o que é o trans- feminismo. Jarda explica que o conceito de transfeminismo ou feminismo trans surge nos EUA quando foi percebido que as pautas dis- cutidas no feminismo não abarcavam a situação das mulheres trans e travestis. Ela diz que há muita cobrança em cima da comunidade de transexuais e travestis sobre os motivos e as causas da violência que sofrem todos os dias, mas as respostas devem partir da sociedade, que deve praticar a não violência e dar exemplos. “Nós já estamos preocupadas em pensar esses meios de sobre- vivência, que as pessoas que movimentam a transfobia pensem os movimentos de enfrentamento. A transfobia e a travestifobia são problemáticas cisgêneras e não nossa. Nós somos vítimas desse processo”, afirma Jarda. (PAPO PRETO 69: Vamos falar sobre transfeminismo? [Locução de] Yago Rodrigues. S. I. Ecoa Produções, 09/03/2020. Podcast. Disponível em https://uol.com.br/ecoa/vi- deos/2022/03/09/papo-preto-69-vamos-falar-sobre-transfeminism0.htm. Acesso em 20/10/2022.) Sobre as ocorrências do item trans no texto, podemos afirmar que
{'text': ['introduzem termos como transfeminismo e transfobia, que servem para conceituar tipos de violência contra mulheres trans.', 'o seu emprego em transfeminismo indica que a pauta fe-minista já se estende às mulheres trans, mas ainda exclui as travestis.', 'é empregado como antônimo do prefixo cis- para indicar que a transfobia e a travestifobia devem preocupar apenas as pessoas cisgêneras.', 'remete a transexuais e travestis no termo feminismo trans, que é sinônimo de transfeminismo e abrange grupos não incluídos na pauta feminista.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['portuguese']
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3
A quebra do "silêncio dos hospícios" representa a emergência das vozes e histórias de pessoas que foram silenciadas e marginalizadas dentro das instituições psiquiátricas, como Stella do Patrocínio. No contexto do texto, essa quebra de silêncio se manifesta de algumas formas: * **A preservação das falas de Stella do Patrocínio:** Apesar de não ter escrito, suas palavras foram gravadas e, posteriormente, transcritas e publicadas. Isso permitiu que sua voz, antes confinada aos muros do hospício, alcançasse um público mais amplo. * **A revelação das experiências de internação:** O texto expõe a realidade de Stella e de "milhares de vítimas" que foram encarceradas, sofreram abusos e foram abandonadas. Ao trazer à tona essas experiências, o silêncio imposto sobre elas é rompido. * **O reconhecimento póstumo de Stella como poeta:** Mesmo que ela não se definisse assim, o fato de suas falas serem valorizadas e publicadas como poesia é um ato de reconhecimento e validação de sua existência e de sua capacidade de expressão, algo que o sistema hospitalar tentou apagar. * **A denúncia das injustiças:** O texto, ao narrar a história de Stella, denuncia o encarceramento de pessoas consideradas "desajustadas", muitas delas negras, e as violências sofridas. Essa denúncia é um ato de quebrar o silêncio sobre as práticas desumanas nos hospícios. Em suma, a quebra do "silêncio dos hospícios" simboliza a **restituição da voz e da dignidade** a indivíduos que foram desumanizados e silenciados por um sistema opressor, permitindo que suas histórias e sofrimentos sejam conhecidos e, assim, contribuindo para a reflexão e a mudança.
{'text': ['A morte esquecida de Stella do Patrocínio em uma institui-ção para reclusão de pessoas com transtornos mentais (ou assim consideradas).', 'As oficinas de arte que permitiram a Stella do Patrocínio tornar pública a sua voz e as histórias de mulheres encarce-radas em instituições manicomiais.', 'O livro de Stella do Patrocínio que narra as histórias de mu-lheres vítimas de violência manicomial, abandonadas pelo Estado.', 'As falas gravadas de Stella do Patrocínio que expressam tanto o seu percurso individual quanto a história de outras mulheres.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['portuguese']
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4
Com base no texto, "falatório" pode ser considerado como **a forma como Stella do Patrocínio se expressava verbalmente, suas falas, que eram a potência de suas palavras e foram preservadas em fitas de áudio.**
{'text': ['a modalidade declamada dos poemas de Stella do Patrocí-nio.', 'uma prática discursiva oral nomeada por Stella do Patrocí-nio.', 'a denominação, usada no manicômio, para conversas tera-pêuticas.', 'um gênero de poesia transcrita produzida por Stella do Pa-trocínio.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['portuguese']
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Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o famige- rado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é mui- to legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua diferente do português que tenha incorporado um conceito parecido na própria estrutura das palavras, criando o que foi apelidado de “sufixo frustrativo”. Bom, é assim no kotiria, um idioma da fa- mília linguística tukano falado por indígenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a função “frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma $-ma$. Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria indo até lá? Basta pegar o verbo ir, que é $wa'a$ em kotiria, e acrescentar o sufixo: $wa'ama$, “ir em vão”. (Adaptado de: LOPES, R. J. L. A sofisticação das línguas indígenas. Superinteressante, 18/11/2021.) O excerto, retirado de uma revista de jornalismo científico, exemplifica um processo de formação de palavras na língua indígena kotiria e o compara com o uso da hashtag #sqn. É correto afirmar que essa comparação
{'text': ['cria uma falsa equivalência, pois os processos morfológicos em kotiria e em português são diferentes.', 'enfatiza a construção de efeitos de sentido parecidos por meio de processos distintos em kotiria e no português de internet.', 'permite compreender processos idênticos de formação de palavras nas línguas portuguesa e kotiria.', 'ressalta as diferenças no uso dos sufixos –ma, em kotiria, e #sqn, no português usado na internet.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['portuguese']
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7
Na última crônica da série “Bons dias!”, de 29 de agosto de 1889, série na qual um tema são as questões gerais em torno do curandeirismo, o narrador enuncia: “Hão de fazer-me esta justiça, ainda os meus mais ferrenhos inimigos; é que não sou curandeiro, eu não tenho parente curandeiro, não conheço curandeiro, e nunca vi cara, foto- grafia ou relíquia, sequer, de curandeiro. Quando adoeço, não é de espinhela caída*, — coisa que podia aconselhar-me a curanderia; é sempre de moléstias latinas ou gregas. Estou na regra; pago impostos, sou jurado, não me podem arguir a menor quebra de dever público.” (ASSIS, Machado de. Bons dias! Campinas: Editora da UNICAMP, p. 295, 2008.) *espinhela caída: designação popular para doenças caracteri- zadas por dores pelo corpo (peito, costas e pernas), além de cansaço físico. Na “profissão de fé”, feita pelo narrador da crônica no parágra- fo citado, percebe-se
{'text': ['a distinção do narrador como uma figura avessa ao curan-deirismo, por crença na ciência dos filósofos e pensadores gregos e latinos, o que marca o tom crítico da série.', 'a caracterização do narrador como uma figura superior à população em geral, o que ecoa o tom analítico das crônicas dessa série.', 'a repetição exagerada da palavra “curandeiro” (e “curan-deria”) no trecho, como marca estilística da simplicidade linguística das crônicas dessa série.', 'a personificação gerada por “quando adoeço (...) é sempre de moléstias latinas ou gregas”, como marca do estilo em-polado do narrador nessa série de crônicas.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['portuguese']
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Conheço um povo sem poligamia: o povo macua. Este povo deixou as suas raízes e apoligamou-se por influência da religião. Islamizou-se. (...) Conheço um povo de tradi- ção poligâmica: o meu, do sul do meu país. Inspirado no papa, nos padres e nos santos, disse não à poligamia. Cristianizou-se. Jurou deixar os costumes bárbaros de casar com muitas mulheres para tornar-se monógamo ou celibatá- rio. (...) Um dia dizem não aos costumes, sim ao cristianismo e à lei. No momento seguinte, dizem não onde disseram sim, ou sim onde disseram não. (CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma história de poligamia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 92.) Baseando-se no excerto e na leitura da obra, é correto afirmar que
{'text': ['a organização familiar é fruto da vida religiosa dos povos, cabendo assim a monogamia aos povos cristãos e a poliga-mia aos povos islâmicos.', 'os costumes culturais no modo de organizar os arranjos fa-miliares são colocados em xeque por novas estruturas de poder, as quais transmitem outros valores.', 'a monogamia aparece como evolução natural aos costumes supostamente bárbaros de os homens se casarem com mui-tas mulheres em determinadas culturas africanas.', 'o povo macua tornou-se monogâmico depois de abraçar a fé cristã trazida pelo papa e padres, o que pode ser conside-rado um aprimoramento social.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['portuguese']
BLUEX
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39
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Seu único objetivo é detectar as expressões matemáticas, convertê-las para o padrão LaTeX, e retornar o input com essa expressão reescrita. Não altere e nem retorne NADA além disso. # Exemplo: ## Input original: Seja a função h(x) definida para todo número real por h(x) = 2^(x+1) se x<=1, h(x) = x-1 se x>1 Então, h(h(h(0))) é igual a ## Input reescrito: Seja a função $h(x)$ definida para todo número real por $$ h(x) = \begin{cases} 2^{x+1}, & \text{se } x \leq 1 \\ x - 1, & \text{se } x > 1 \end{cases} $$ Então, $h(h(h(0)))$ é igual aTexto 1 “Parece-me gente de tal inocência que, se nós os entendês- semos e eles a nós, seriam logo cristãos porque eles não têm nem conhecem nenhuma crença. E, portanto, se os degre- dados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga. Porque certamente esta gente é boa e de boa simplicidade, e imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho que lhes quiserem dar. E, pois, Nosso Senhor, que lhes deu bons cor- pos e bons rostos, como a bons homens, se aqui nos trouxe, creio que não foi sem um motivo.” (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP, $2001$, p. $108$.) Texto 2 “As molas do homem primitivo podem ser postas em ação pelo exemplo, educação e benefícios (...). Newton, se hou- vesse nascido entre os guaranis, seria mais um bípede, que pisara sobre a superfície da Terra; mas um guarani criado por Newton talvez ocupasse o seu lugar. Quem ler o diálogo que traz Léry na sua viagem ao Brasil entre um francês e um ve- lho carijó conhecerá que não falta aos índios bravos o lume natural da razão.” (ANDRADA E SILVA, José Bonifácio de. Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, $2000$, p. $50$.) A partir dos dois textos, escritos em momentos emblemáticos da história do Brasil (o “achamento” em $1500$ e o debate de ideias para a criação de uma constituição em $1823$), seria corre- to afirmar que os povos originários são
{'text': ['definidos como díspares entre si, pois Caminha os vê como ingênuos, crédulos, enquanto Bonifácio alerta para o perigo dos indígenas bravos.', 'considerados uma página em branco e maleáveis, tanto no texto do cronista quinhentista quanto naquele do publicista oitocentista.', 'apontados como benignos, com a intenção de preservar os indígenas distantes da degradação dos costumes europeus.', 'tributários de uma imutabilidade cultural, tanto na crônica de Caminha quanto no discurso de José Bonifácio.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['portuguese' 'history']
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Texto 1 “Desde que, naufragado, se salvara, o marinheiro vivia ali... Como ele não tinha meio de voltar à pátria, e cada vez que se lembrava dela sofria, pôs-se a sonhar uma pátria que nun- ca tivesse tido: pôs-se a fazer ter sido sua uma outra pátria, uma outra espécie de país com outras espécies de paisagens, e outra gente, e outro feitio de passarem pelas ruas e de se debruçarem das janelas (...)” (PESSOA, Fernando. O Marinheiro. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 59, 2020.) Texto 2 “Na capacidade para amoldar-se a todos os meios, em pre- juízo, muitas vezes de suas próprias características raciais e culturais, revelou o português melhores aptidões de coloni- zador do que os demais povos (...). Os portugueses precisa- ram anular-se durante o longo tempo para afinal vencerem. Como o grão de trigo dos Evangelhos, o qual há de primei- ramente morrer para depois crescer e dar muitos frutos.” (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 224, 2016.) Levando em conta os textos 1 e 2, assinale a alternativa correta.
{'text': ['O marinheiro e o colonizador português são capazes de criar valores e paisagens, reinventando-se, a ponto de forjarem outra realidade e outra memória do passado.', 'O marinheiro e o colonizador português constroem novos mundos e valores no além-mar, mas são incapazes de anular sua identidade original.', 'O marinheiro e o colonizador português, apesar do esforço de construção cultural, limitam-se a transpor integralmen-te o que aprenderam no passado para as configurações do futuro.', 'O marinheiro e o colonizador português acabam anulando suas identidades originais, representando, assim, figuras in-questionáveis de niilismo.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['portuguese']
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Ciclo Manhã. Sangue em delírio, verde gomo, Promessa ardente, berço e liminar: A árvore pulsa, no primeiro assomo Da vida, inchando a seiva ao sol... Sonhar! Dia. A flor, — o noivado e o beijo, como Em perfumes um tálamo e um altar: A árvore abre-se em riso, espera o pomo, E canta à voz dos pássaros... Amar! Tarde. Messe e esplendor, glória e tributo; A árvore maternal levanta o fruto, A hóstia da ideia em perfeição... Pensar! Noite. Oh! saudade!...A dolorosa rama Da árvore a aflita pelo chão derrama As folhas, como lágrimas... Lembrar!” (BILAC, Olavo. Tarde. 1.ed. Rio de Janeiro; São Paulo; Belo Horizonte: Libraria Francisco Alves, p. 12-13, 1919.) No soneto “Ciclo”,
{'text': ['a reiteração de um mesmo tipo de frase no final de cada estrofe acentua o idealismo e a rememoração.', 'a metáfora da árvore faz uso de um vocabulário botânico, que evoca o cientificismo da época.', 'as frases nominais do início das estrofes contradizem os sen-tidos de cada estrofe anterior.', 'o paralelismo estrutural entre as estrofes de “Ciclo” evoca o desgaste dos recursos do poeta.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['portuguese']
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Deus fez o mar, as árvore, as criança, o amor O homem me deu a favela, o crack, a trairagem, as arma, as bebida, as puta Eu?! Eu tenho uma Bíblia velha, uma pistola automática e um sentimento de revolta Eu tô tentando sobreviver no inferno”. (RACIONAIS MC’S. Gênesis. In: Sobrevivendo no inferno. São Paulo: Companhia das Le- tras, p. 45, 2018.) A palavra “Gênesis” dá nome ao primeiro livro da Bíblia. Con- siderando a obra, na íntegra, dos Racionais MC’s e o excerto acima dela reproduzido, pode-se dizer que, em relação a esse trecho, “gênesis” seria uma alusão
{'text': ['à influência do cristianismo na dinâmica das comunidades periféricas.', 'ao colapso planetário entrevisto já na origem do mundo na-tural.', 'à origem divina do mundo contraposta aos problemas cria-dos pelo homem.', 'à origem religiosa dos conflitos armados e da violência social no Brasil.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['portuguese']
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Um artigo científico relata a construção e a eficiência de um re- ator fotocatalítico de fluxo contínuo para a degradação de hor- mônios presentes em águas tratadas para consumo humano. Num trecho desse estudo, os autores afirmam: “é interessante notar que $80\%$ de estrogênio foram removidos numa alimen- tação a $200 \text{ ng/L}$, $25 \text{ mW/cm}^2$ e $300 \text{ L/(m}^2 \text{ h)}$, enquanto que as remoções de progesterona e testosterona ficaram em $44\%$ e $33\%$, respectivamente”. De acordo com essas informações, pode-se inferir que o reator é capaz de degradar
{'text': ['dois hormônios femininos e um masculino, sendo que de-grada melhor um feminino.', 'dois hormônios femininos e um masculino, sendo que de-grada melhor o masculino.', 'somente hormônios masculinos, sendo que degrada melhor o estrogênio.', 'somente hormônios femininos, sendo que degrada melhor o estrogênio.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['biology']
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A caiação ou pintura com cal hidratada ($\text{Ca(OH)}_2$) é uma das formas mais antigas para o revestimento da fachada de edifí- cios. A cal virgem ($\text{CaO}$) - produzida a partir do aquecimento do calcário ($\text{CaCO}_3$) –, ao ser colocada em água, forma a cal hidratada que, uma vez aplicada à parede e em contato com o $\text{CO}_2$ do ar atmosférico, vai se transformando em seu precursor, o carbonato de cálcio. Dessa forma, o carbonato de cálcio fica aderido à parede, protegendo-a, conservando-a e embelezan- do-a. Considere as equações a seguir: i) $\text{CaCO}_3 \rightarrow \text{CaO} + \text{CO}_2$; $\Delta H = 178 \text{ kJ/mol}$ ii) $\text{CaO} + \text{H}_2\text{O} \rightarrow \text{Ca(OH)}_2$; $\Delta H = -109 \text{ kJ/mol}$ iii) $\text{Ca(OH)}_2 + \text{CO}_2 \rightarrow \text{CaCO}_3 + \text{H}_2\text{O}$; $\Delta H = ?$ Levando em conta apenas as equações do processo de trans- formação e produção do carbonato de cálcio (equações i a iii), pode-se afirmar que o processo
{'text': ['pode ser considerado carbono neutro e que a última equa-ção representa uma reação que levaria ao aquecimento da parede onde a cal foi aplicada.', 'pode ser considerado carbono neutro e que a última equa-ção representa uma reação que levaria ao resfriamento da parede onde a cal foi aplicada.', 'não pode ser considerado carbono neutro e que a última equação representa uma reação que levaria ao aquecimento da parede onde a cal foi aplicada.', 'não pode ser considerado carbono neutro e que a última equação representa uma reação que levaria ao resfriamento da parede onde a cal foi aplicada.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['chemistry']
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No ano de 2020, iniciou-se um conflito interno na Etiópia, com complexas implicações humanitárias, econômicas e geopolíti- cas, adicionando novas tensões à frágil estabilidade política na região do Chifre da África. (Adaptado de YARED, Tegbaru. Institute for Security Studies – ISS. Acesso em 09/06/2022.) As causas do atual conflito na Etiópia resultam
{'text': ['da instabilidade das instituições estatais gerada pelo proces-so de colonização europeia no século XVIII.', 'do conflito bélico com a Eritreia em razão da disputa pela saída para o Mar Mediterrâneo.', 'da tentativa de secessão da região do Tigré em função dos conflitos étnico-religiosos e políticos.', 'da participação de interesses estrangeiros na gestão dos re-cursos naturais etíopes, a exemplo do petróleo.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['geography']
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Tem se tornado lugar comum dizer que o gigantesco volume de dados extraídos de nossa vida cotidiana está armazenado “na nuvem”. É quase como dizer: estão por toda a parte e em lugar nenhum. Flutuam. Se damos, contudo, um passo para além das metáforas, nos depararemos com a robusta infraestrutura do capitalismo digital, que está ancorada em territórios concretos e se inscreve numa geografia do poder. É assim que, segundo a UNCTAD (2021), de um total de $4.714$ data centers existentes no mundo, quase $80\%$ estão em países desenvolvidos, princi- palmente nos EUA e países da Europa ocidental. Sobre os data centers e sua distribuição, é correto afirmar que
{'text': ['são infraestruturas concentradas no Norte Global que, por serem públicas, controladas pelo Estado, têm seu impacto minimizado em questões geopolíticas que perpassam essa parte do mundo.', 'o processo de desenvolvimento geograficamente desigual pouco atua na distribuição da infraestrutura digital e na co-leta, armazenagem e tratamento de dados entre as regiões do mundo.', 'sua rarefação no Sul-Global indica que a coleta, a armaze-nagem e o tratamento dos dados levanta grave problema relativo à soberania dos Estados nacionais dessa parte do mundo.', 'à medida em que se ampliam a coleta e o tratamento massi-vo de dados das sociedades, países de todos os continentes estão adotando robustas políticas de infraestrutura digital.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['geography']
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Alguns municípios do Sul do Brasil receberam, nos últimos $10$ anos, importantes fluxos de imigrantes e refugiados, sobretu- do de haitianos, congoleses, senegaleses e venezuelanos. A presença desses imigrantes e refugiados em regiões de eleva- da especialização produtiva tem sido motivada pela busca de trabalho; todavia, crescem registros de denúncias das precárias condições de vida e situações de xenofobia enfrentadas por es- sas populações nos municípios onde se instalam. Assinale a alternativa que indique: (1) a região de especialização produtiva que mais tem absorvido essa força de trabalho imi- grante; e (2) a atividade econômica envolvida:
{'text': ['(1) Oeste catarinense; (2) indústria frigorífica.', '(1) Vale dos Sinos (RS); (2) indústria de laticínios.', '(1) Oeste paranaense; (2) indústria de confecção.', '(1) Vale do Itajaí (SC); (2) indústria carbonífera.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['geography']
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A tabela a seguir destaca, para o ano de 2019, os 11 municípios brasileiros que mais emitiram gases do efeito estufa causadores do aquecimento global, conforme o total emitido de $\text{CO}_2$ em toneladas. Emissão de Área Densidade Município $\text{CO}_2$ territorial Demográfica (em toneladas) (em $\text{km}^2$) (pop/área) Altamira (PA) 35,2 159.533,31 0,72 Apuí (AM) 12,5 54.240,55 0,41 Colniza (MT) 13,5 27.960,24 1,38 Lábrea (AM) 23,2 68.262,68 0,67 Novo Progresso (AM) 14,9 38.162,00 0,68 Novo Repartimento (PA) 11,9 15.398,72 4,93 Pacajá (PA) 16,2 11.832,32 4,03 Porto Velho (RO) 23,3 34.090,95 15,53 Rio de Janeiro (RJ) 13,8 1.200,33 5.597,55 São Félix do Xingu (PA) 28,9 84.212,90 1,53 São Paulo (SP) 16,6 1.521,20 8.054,17 (Fonte: www. seeg.eco.br; IBGE Cidades – Acessado em: 24/06/2022.) A partir da análise dos dados anteriores e de seu conhecimento, é correto afirmar que os municípios com
{'text': ['menor extensão territorial e alta densidade demográfica fo-ram responsáveis pela maior emissão de CO2 decorrente da decomposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários.', 'grande extensão territorial e baixa densidade demográfica foram responsáveis pela maior emissão de CO2 , o que se correlaciona com o avanço da mineração e a construção de hidrelétricas.', 'menor extensão territorial e alta densidade demográfica fo-ram responsáveis pela maior emissão de CO2 decorrente da instalação de novas indústrias de bens de capital.', 'grande extensão territorial e baixa densidade demográfica foram responsáveis pela maior emissão de CO2 , o que se correlaciona com o avanço do desmatamento e incêndio florestal.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['geography']
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A Amazônia brasileira ganhou destaque nos últimos anos nos noticiários da mídia nacional e estrangeira, face ao avanço de graves problemas socioambientais. Nesse contexto, as unidades de conservação, como as Reservas Extrativistas (RESEX), intro- duzidas pela Lei $9.985$ em $18/07/2000$, cumprem um papel im- portante na preservação ambiental e na proteção social. Sobre as RESEX no bioma amazônico, é correto afirmar que são áreas
{'text': ['coletivas, demarcadas para populações indígenas, podendo ser usadas economicamente por meio de pequenas ativi-dades de extrativismo vegetal, mineral e animal. Crescem dentro das RESEX a exploração turística e as atividades ga-rimpeiras.', 'públicas, destinadas ao usufruto das populações tradicionais ribeirinhas para moradia e atividades econômicas de baixo impacto ambiental. Aumentam no entorno das RESEX a ex-ploração de madeira e o desmatamento para a implantação de atividades pecuárias.', 'coletivas, concedidas para uso misto das populações indíge-nas e quilombolas, que exploram comercialmente as rique-zas existentes com atividades extrativistas e agropecuária. Aumentam no entorno das RESEX núcleos urbanos e ativi-dades de exploração madeireira.', 'públicas, destinadas às populações tradicionais para resi-dência e extrativismo sustentável; quando autorizado pelo Estado, grandes empresas podem explorar recursos naturais em larga escala. Crescem dentro das RESEX os impactos am-bientais e a expulsão de população.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['geography']
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De que se trata essa biopolítica, esse biopoder? A nova tec- nologia do poder que se instala se dirige à multiplicidade dos homens, não na medida em que eles se resumem em corpos, mas na medida em que ela forma, ao contrário, uma massa global, afetada por processos de conjunto que são próprios da vida, que são processos como o nascimento, a morte, a produ- ção, a doença etc. É com o nascimento da biopolítica que se lança mão da medição estatística desses fenômenos para fins de regulamentação e de intervenção. Um novo tipo de poder que consiste em fazer viver e em deixar morrer. (Adaptado de FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010, p. 204.) Como tecnologia de poder, a biopolítica se inscreve no corpo
{'text': ['do indivíduo como problema existencial.', 'da família como problema reprodutivo.', 'da escola como problema disciplinar.', 'da população como problema político.Use os valores aproximados: g = 10 m/s2 e π = 3.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['geography']
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Leia o texto a seguir para responder a questão. O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle do movimento de subida e descida do balão Um balão, inicialmente em repouso no solo, decola e sobe em movimento uniformemente variado. Se o balão atinge a altura $h = 80 \text{ m}$ após um tempo $t = 40 \text{ s}$, conclui-se que a aceleração vertical do balão nesse movimento é igual a
{'text': ['2,0 m/s2', '4,0 m/s2', '0,05 m/s2', '0,1 m/s2'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['physics']
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Leia o texto a seguir para responder a questão. O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle do movimento de subida e descida do balão A massa total de um balão em um movimento de descida, des- de a altura inicial $h = 80 \text{ m}$ até o solo, é $m = 2000 \text{ kg}$. Qual é o trabalho da força peso sobre o balão durante a descida?
{'text': ['2,0 x 104 J.', '1,6 x 105 J', '2,0 x 105 J', '1,6 x 106 J'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['physics']
BLUEX
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Leia o texto a seguir para responder a questão. O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle do movimento de subida e descida do balão Um balão tem um volume $V = 1,6 \times 10^3 \text{ m}^3$ de ar quente no seu interior na temperatura $T = 400 \text{ K}$ e na pressão atmosférica $p = 1,0 \text{ atm} = 1,0 \times 10^5 \text{ Pa}$. Sabendo-se que o ar quente se comporta como um gás ideal e que a constante universal dos gases é $R \cong 8 \text{ J/mol} \cdot \text{K}$, quantos mols de ar $n$ há no interior do balão?
{'text': ['5,0 x 10-1 mol', '4,0 x 100 mol', '5,0 x 104 mol', '4,0 x 105 mol.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['physics']
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As estimativas sobre a população de Palmares no século XVII oscilam entre $5$ e $20$ mil pessoas. A crônica abaixo, de $1678$, descreve o território palmarino: Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama “o Ganga Zumba”, que quer dizer “Senhor Grande”. A este tem por seu rei e senhor todos os mais, assim naturais dos Palmares como vindos de fora. Habita na sua cidade real que chamam o Maca- co. Esta é a metrópole entre as mais cidades e povoações. Está fortificada toda em cerco de pau a pique, com torneiras abertas para ataque e defesa. E pela parte de fora toda se semeia de estrepes de ferro e buracos no chão. Ocupa esta cidade dila- tado espaço, forma-se mais de $1500$ casas. A segunda cidade chama-se Sirbupira; nesta habita o irmão do rei que se chama “o Zona”. É fortificada toda de madeira e pedras, compreende mais de oitocentas casas. Das mais cidades e povoações darei notícia quando lhe referir as ruínas. (Adaptado de: ANTT, Manuscrito da Livraria, cod. $1185$, fls. $149-55$v. In: LARA, Silvia; FACHIN, Phablo (org.). Guerra contra Palmares: o manuscrito de $1678$. São Paulo: Chão Editora, $2021$, p. $9 – 49$.) Sobre a organização do espaço palmarino, é correto afirmar que
{'text': ['os negros que fugiram para Palmares ocuparam os espaços urbanos das vilas coloniais na Serra da Barriga; essas vilas tinham sido abandonadas por Portugal durante as guerras de expulsão, de Pernambuco, dos holandeses.', 'o que se convencionou chamar de quilombo de Palmares era uma rede de povoações fortificadas, formadas por cen-tenas de casas e interligadas por meio de um sistema políti-co influenciado por lógicas culturais africanas.', 'as povoações que constituíam Palmares se originaram da estrutura urbanística construída por Nassau nas serras de Pernambuco e Alagoas, a partir da racionalidade holandesa na época da luta pelo domínio do açúcar.', 'a maioria da população negra que vivia nos mocambos de Palmares no século XVII era crioula, ou seja, nascida no Brasil, e combinava a influência da organização política de Angola e das redes urbanas litorâneas e europeias de Per-nambuco.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['history']
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No livro “A invenção dos direitos humanos”, a historiadora Lynn Hunt nomeou dois mecanismos de transformação na França de fins do século XVIII. O primeiro seria a popularização dos cha- mados romances epistolares. As cartas enviadas pelas protago- nistas discorrem sobre as emoções humanas para os leitores. As lutas das personagens Clarissa e Pâmela, descritas por Samuel Richardson, ou as questões de Júlia, personagem de Jean-Jac- ques Rousseau, fizeram com que os leitores reconhecessem a legitimidade de seus desejos e de suas vivências. Outro meca- nismo de transformação social foi a campanha contra a tortura, marcada por uma nova visão de corpo. Para Hunt, ler relatos de tortura e romances epistolares ajudou a moldar o foro íntimo de cada um, o que teve repercussão na política. Considerando o texto acima e o contexto histórico comentado, assinale a alternativa correta sobre os direitos humanos.
{'text': ['O nascimento dos direitos humanos ligou-se ao apareci-mento do sentimento de empatia entre diferentes sujeitos sociais, independentemente de sua condição social, como se podia ver nos romances epistolares. Isso influenciou os preceitos de liberdade individual e de igualdade social.', 'Conhecidas através dos romances policiais editados pela imprensa revolucionária francesa, as personagens literárias femininas subalternas ganharam importância ao se oporem à tortura, defendida pelo Terceiro Estado nos debates sobre direitos humanos.', 'O nascimento dos direitos humanos envolveu a contestação, pela imprensa francesa, da tortura como prática de obten-ção de testemunho ou como castigo. Isso se devia ao fato de que a tortura feria a concepção cristã de corpo, defendi-da pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.', 'Ao afirmar que todos são iguais perante a lei e que todos gozam dos mesmos direitos, independentemente de sua origem social ou nascimento, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão defendia o cidadão passivo, indife-rente à violência e à humilhação na convivência cotidiana.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
null
['history']
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39
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Na Greve de 1917 em São Paulo, os conflitos propagaram-se a partir do Cotonifício* Crespi, com cerca de $2$ mil trabalhadores; em pouco tempo, congregaram $50$ mil pessoas numa cidade de $400$ mil habitantes. Entre sociedades de classes, as quais eram combativas, políticas e de identidade étnica, havia sido organi- zado em março daquele ano, pouco antes da eclosão da greve, o Comitê Popular de Agitação contra a exploração das crianças. Por meio de enquetes, reuniões e palestras, o Comitê procura- va revelar as relações de trabalho a que os menores estavam sujeitos: jornadas extenuantes e graves acidentes. Nas notícias de jornais, era comum encontrar casos como o de José, de $12$ anos, que teve o braço esmagado por uma máquina amassa- deira da fábrica de biscoitos “A Fidelidade”, e Henrique Guido, de $8$ anos, que teve os dedos decepados numa oficina da Barra Funda. (Adaptado de FRACCARO, Glaucia. Mulheres, sindicato e organização política nas greves de 1917 em São Paulo. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. $37$, n. $76$, p. $76-77$, $2017$.) *Cotonifício: algodoaria. Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a história do trabalho no Brasil, é correto afirmar que
{'text': ['as mobilizações da greve de 1917 tinham por objetivo im-plementar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), base legal da igualdade salarial entre homens, mulheres e crian-ças, reconhecida nos anos de 1990.', 'em resposta à greve de 1917, o presidente Venceslau Brás institui, no ano seguinte, para a indústria brasileira, a igual-dade de salário entre homens e mulheres e torna ilegal o trabalho infantil no setor têxtil de todo o país.', 'a greve de 1917 foi impulsionada, entre outros fatores, pe-los baixos salários (não obstante o cenário de alta inflação), multas contra os trabalhadores, acidentes, jornadas extenu-antes, e falta de regulamentação do trabalho de menores.', 'na época da greve de 1917, o trabalho das crianças nas fábricas era considerado ilegal; o trabalho infantil foi regu-lamentado posteriormente por Getúlio Vargas por meio das leis trabalhistas.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
null
['history']
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“Como pode um povo vivo Viver nesta carestia Como poderei viver Como poderei viver Dia e noite, noite e dia Com a barriga vazia Como pode um operário Viver com esse salário Como pode a criançada Estudar sem comer nada” (“Programa oficial do lançamento geral do abaixo-assinado” do Movimento do Custo de Vida, $12/03/1978$. Doc. $039\_4$. Fundo ECO\_PRE, Centro Pastoral Vergueiro. Citado em: MONTEIRO, Thiago Nunes. Como pode um povo vivo viver nesta carestia: O Movimento do Custo de Vida em São Paulo ($1973-1982$). São Paulo: Humanitas, $2017$.) A letra acima foi utilizada pela campanha coordenada pelo Mo- vimento Custo de Vida, iniciado por mulheres das periferias da cidade de São Paulo, em $1978$. Sobre as lutas por melhores condições de vida durante a década de $1970$ na ditadura militar ($1964-85$), é correto afirmar que
{'text': ['o Movimento do Custo de Vida foi organizado para pro-testar contra as políticas econômicas e sociais da ditadura militar que provocavam o arrocho salarial e a inflação.', 'diante da impossibilidade de fazer protestos de rua, o Movi-mento do Custo de Vida teve atuação por meio de letras de músicas de duplo sentido (para driblar a censura), veiculadas no rádio.', 'após reunir cerca de 200 mil pessoas na Praça da Sé em São Paulo em 1978, o Movimento do Custo de Vida migrou para a luta armada como resposta à repressão.', 'as Comunidades Eclesiais de Base, instaladas nas periferias das grandes cidades e onde começou o Movimento do Cus-to de Vida, foram desmanteladas em 1979.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['history']
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Sobre os debates entre os Governos do Mercosul, é importan- te destacar que existem instâncias de construção de memórias regionais. Estas experiências acompanham os processos de ver- dade e justiça que estão em andamento nos países para revisar, investigar e julgar os crimes de lesa-humanidade cometidos, no passado, pelo Estado. Nesta linha, os lugares de Memória são instâncias que buscam transformar certas marcas a fim de evo- car memórias e torná-las inteligíveis ao situá-las no contexto de um relato mais amplo. (Adaptado de: MERCOSUL. Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MER- COSUL (IPPDH). Princípios fundamentais para as políticas públicas sobre lugares de me- mória. Buenos Aires: Mercosul, p. 5, 2012.) A partir do excerto e de seus conhecimentos, assinale a alter- nativa correta.
{'text': ['Embora o Mercosul seja definido pela integração econômi-ca, seus países membros também partilham experiências de ditaduras militares no passado, experiências essas que cons-tituem uma memória regional comum.', 'A escolha de lugares de memória comuns ao passado dos países membros do Mercosul pauta a agenda econômica de sua integração e baliza a construção de patrimônios edifi-cados.', 'A reparação dos crimes cometidos pelas ditaduras militares dos estados membros do Mercosul se tornou possível com a criação de instâncias jurídicas supranacionais que julgam violações contra a humanidade.', 'Ainda que novas, nota-se que o objetivo das políticas pú-blicas de memória do Mercosul – acerca dos traumas das ditaduras – é eleger um conjunto de patrimônios edificados para pacificar o passado.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['history']
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44
A palavra Antropoceno aparece hoje no título de centenas de livros e artigos científicos, em milhares de citações, e seu uso continua a crescer nos meios de comunicação. Referindo-se à época em que as ações humanas começaram a provocar altera- ções biofísicas em escala planetária, o termo foi criado nos anos de $1980$ e popularizado na década de $2000$. Grupos de espe- cialistas constataram que essas alterações afetavam o Sistema Terra do relativo equilíbrio observado desde o início do Holoce- no, há $11.700$ anos. Para marcar o início dessa nova era, tais grupos escolheram simbolicamente o ano de $1784$, momento do aperfeiçoamento da máquina a vapor e sua popularização. O contexto também corresponde ao início da revolução indus- trial e da utilização dos combustíveis fósseis. (Adaptado de LÉNA, Philippe; ISSBERNER, Liz-Rejane. Antropoceno: os desafios essen- ciais de um debate científico. Correio da Unesco. Suplemento online. Unesco Courrier. $2018$-$2$. Disponível em: https://pt.unesco.org/courier/2018-2/antropoceno-os-desafios- -essenciais-um-debate-cientifico . Acesso em $03/05/2022$.) Com base na leitura do texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
{'text': ['A partir do século XVIII, com o Iluminismo, a crença da supe-rioridade humana sobre a natureza foi amplamente questio-nada, o que diminuiu os impactos das ações humanas sobre o Planeta em todo o século XX e XXI.', 'A partir da Era Moderna, o antropocentrismo pautou a cren-ça na superioridade humana sobre a natureza; essa ideia foi consolidada em 1784, mantendo-se nas ciências até o presente com o nome de Antropoceno.', 'Mudança climática, alteração da cobertura vegetal e perda de biodiversidade em grande escala são marcas da huma-nidade no Planeta desde as expansões marítimas do século XVI, sendo pouco preocupantes para as ciências.', 'Com a popularização do estilo de vida norte-americano, houve uma aceleração das mudanças causadas pela ação humana sobre o Planeta Terra, mudanças essas que vinham ocorrendo desde 1784, com a Revolução Industrial.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['history']
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53
O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus muito co- mum no mundo. Existem muitos tipos de HPV e a maioria deles não causa problemas ao organismo humano. Porém, os tipos de HPV $16$ e $18$ estão associados com $70\%$ dos casos de cânce- res de colo do útero e lesões genitais pré-cancerosas. (Adaptado de https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero. Acesso em $01/06/2022$.) É correto afirmar que o HPV é transmitido
{'text': ['principalmente por contato sexual; o uso de preservativo eli-mina a possibilidade de infecção pelos HPV 16 e 18, sendo indicado quando existe exposição ao vírus.', 'por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sobre-tudo durante a relação sexual; a vacinação pode tratar a infecção e as doenças associadas aos diversos tipos de HPV.', 'principalmente por contato sexual; o controle da infecção inclui a prevenção pela vacinação contra os HPV 16 e 18, sendo indicada antes da exposição ao vírus.', 'por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sobre-tudo durante a relação sexual; o uso de preservativo impede o desenvolvimento das doenças associadas ao HPV.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['biology']
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Na transformação de energia luminosa em energia química pe- las plantas, há uma série de reações de redução e oxidação. Para que a cadeia transportadora de elétrons nos cloroplastos ocorra, os elementos que a compõem estão arranjados nas membranas dos tilacóides, de acordo com o seu potencial re- dox. Na atividade fotoquímica, o oxigênio é produzido, assim como moléculas essenciais para a manutenção do metabolismo celular, como o ATP e o NADPH. O doador primário e o aceptor final de elétrons são, respecti- vamente,
{'text': ['oxigênio e NADPH.', 'gás carbônico e ATP.', 'água e NADPH.', 'glicose e ATP.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['biology']
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Considerando a distribuição filogenética do gene GFP, é correto afirmar a hipótese de origem em
{'text': ['ancestral metazoário comum e eventos independentes de perda do gene em vários clados.', 'ancestrais metazoários distintos e manutenção do gene em todos os metazoários marinhos.', 'ancestral metazoário comum e manutenção do gene em to-dos os metazoários marinhos.', 'ancestrais metazoários distintos e eventos independentes de perda do gene em vários clados.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['biology']
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Cientistas desvendaram o mecanismo causador da síndrome de Pitt-Hopkins, uma disfunção neuropsiquiátrica que tem ca- racterísticas do transtorno do espectro autista. A síndrome de Pitt-Hopkins tem como origem uma mutação no gene $TCF4$ e causa déficit cognitivo, atraso motor profundo, ausência de fala funcional e anormalidades respiratórias. O genoma huma- no tem duas cópias de cada gene. A síndrome de Pitt-Hopkins ocorre quando uma das cópias do $TCF4$ não funciona. Os cien- tistas buscam alternativas para inserir uma terceira cópia ou fazer com que a única cópia funcional expresse mais proteína para compensar a cópia defeituosa. (Adaptado de https://agencia.fapesp.br/estudo-abre-novas-possibilidades-de-traten- to-para-forma-de-autismo/38524/. Acesso em 23/05/2022.) Considerando as informações apresentadas e seus conhecimen- tos, é correto afirmar que a síndrome é causada em
{'text': ['heterozigose, quando um dos alelos do gene TCF4 não pro-duz proteína funcional devido às alterações de bases nitro-genadas que modificam a proteína traduzida.', 'homozigose, quando os dois alelos do gene TCF4 não pro-duzem proteína funcional devido à mutação da cromatina que modifica a proteína traduzida.', 'heterozigose, quando uma das cromátides do gene TCF4 não produz proteína funcional devido à mutação da croma-tina que modifica a proteína traduzida.', 'homozigose, quando as duas cromátides do gene TCF4 não produzem proteína funcional devido às alterações das bases nitrogenadas que modificam a proteína traduzida.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['biology']
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Estudos revelaram como a disbiose – desequilíbrio da micro- biota intestinal – pode influenciar no desenvolvimento de dis- túrbios neurodegenerativos como a doença de Parkinson. As pessoas acometidas por essa doença apresentam alterações significativas nos centros motores do cérebro. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no excerto a seguir. A agregação da proteína $\alpha$-sinucleína nos (i) ________ está re- lacionada com a doença de Parkinson. Foi demonstrado que células específicas do tecido (ii) ________ da mucosa intestinal podem expressar essa proteína. A disbiose pode levar ao au- mento de espécies de (iii) ________ que, eventualmente, contri- buem para agregação da $\alpha$-sinucleína no intestino, e essa prote- ína pode migrar para o (iv) ________, configurando um possível mecanismo de surgimento da doença de Parkinson esporádica. (Adaptado de https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-como-o-desequilibrio-da-micro- biota-intestinal-pode-levar-a-doenca-de-parkinson/38159/. Acesso em 07/06/2022.)
{'text': ['(i) neurônios; (ii) epitelial; (iii) bactérias; (iv) sistema nervoso central.', '(i) linfonodos; (ii) conjuntivo; (iii) bactérias; (iv) sistema ner-voso autônomo.', '(i) linfonodos; (ii) epitelial; (iii) vírus; (iv) sistema nervoso cen-tral.', '(i) neurônios; (ii) conjuntivo; (iii) vírus; (iv) sistema nervoso autônomo.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['biology']
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61
Um recipiente de $30$ litros contém uma solução de $14$ partes de álcool e $1$ parte de água. Quantos litros de água devem ser adi- cionados para que se tenha uma solução com $70\%$ de álcool?
{'text': ['8 litros.', '10 litros.', '12 litros.', '14 litros.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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64
Três números reais distintos $a, b, c$ são tais que $a, b, c$ e $ab, bc, ca$ formam, nessas ordens, duas progressões aritméticas de mesma razão. O valor do produto $abc$ é
{'text': ['1', '1/8', '-1', '6'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['mathematics']
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39
65
Suponha que uma função $f(x)$ satisfaça à propriedade $f(x \cdot y) = f(x) + f(y)$. Sabendo que $f(7) = 2$ e $f(17) = 3$, o valor de $f(2023)$ é
{'text': ['7', '8', '17', '18'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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67
Sobre a função inversa de $f(x)$, é correto afirmar que
{'text': ['f-1(x) = f (x) , para x ≠1 .', 'f-1(x) =1/ f (x) , para x ≠ ±1 .', 'f-1(x) = -f (x) , para x ≠1.', 'f-1(x) = f (-x) , para x ≠1.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['mathematics']
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68
Leia o texto a seguir para responder á questão. Uma transformação de Möbius é um quociente de polinômios de grau 1. Essas transformações são muito importantes em computação gráfica e também na área da engenharia conheci- da como “processamento de sinais”. Considere a função $$ y = f(x) = \frac{x+1}{x-1}, $$ definida para $x \in \mathbb{R}$, $x \neq 1$, que é uma versão simplificada de uma transformação de Möbius. Considere a sequência $x_1, x_2, \dots$, definida por $x_1 = 6$, e para cada $n \geq 1$, temos $x_{n+1} = f(x_n)$, ou seja, $x_1 = 6$, $x_2 = f(x_1) = 7/5$, $x_3 = f(x_2)$, e assim sucessivamente. Então, a soma dos 100 primeiros ter- mos desta sequência vale
{'text': ['140', '370', '600', '740'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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69
Para qual valor de $a$ o sistema de equações lineares $$ \begin{cases} ax - y = |a| \\ (4 - 5a^2)x + ay = 1 \end{cases} $$ admite infinitas soluções?
{'text': ['1.', '2', '-1', '-2'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['mathematics']
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71
Em um sorteio com cartelas numeradas de $0001$ a $2000$, João decidiu comprar todas as cartelas em que a numeração exibisse os números $2$ e $5$, e nenhuma a mais. Por exemplo, João com- prou as cartelas $1205$ e $0025$, mas não comprou as cartelas $0514$ e $2000$. Considere as afirmações: I) João comprou $108$ cartelas. II) Se ao invés das cartelas com $2$ e $5$, João tivesse comprado as cartelas com $1$ e $5$, ele teria comprado menos cartelas. III) João comprou $18$ cartelas que possuem o número $3$. Assinale a alternativa correta:
{'text': ['Todas as afirmações são verdadeiras.', 'Apenas a afirmação I é verdadeira.', 'Apenas a afirmação II é verdadeira.', 'Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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2
Por mais bem informado que você possa ser, não dá para baixar a guarda. Mas por que as notícias falsas – mesmo aquelas mais improváveis – parecem tão convincentes para tantas pessoas? Van Bavel, professor de psicologia e ciência neural da Universidade de Nova York, se especializou em entender como as crenças políticas e identidades de grupo influenciam a mente, e descobriu que a identificação com posições políticas pode interferir em como o cérebro processa as informações. Tendemos a rejeitar fatos que ameaçam nosso senso de identidade e sempre buscar informações que confirmem nossas próprias crenças, seja por meio de memórias seletivas, leituras de fontes que estão do nosso lado ou mesmo interpretando os fatos de determinada maneira. Isso tudo está relacionado a não querermos ter nossas ideias, gostos, identidade questionados, e por isso temos dificuldade em aceitar o que contradiz aquilo em que acreditamos. Ana Prado. "A ciência explica por que caímos em fake news". Superinteressante. 15/06/2018. Adaptado. De acordo com o texto,
{'text': ['as pessoas bem informadas estão protegidas de polêmicas, uma vez que o modo como processam os fatos tornam suas opiniões mais convincentes.', 'o posicionamento político garante a disseminação de notícias verdadeiras e resulta de crenças já estabelecidas socialmente.', 'a rejeição a questionamentos impede que se admitam pontos de vista antagônicos, em razão da tendência de se confirmar crenças pessoais.', 'as memórias seletivas auxiliam na rejeição de fatos contrários à realidade, já que conduzem à interpretação das reportagens de modo imparcial.', 'os fatos hostis normalmente são preteridos por grande parte da sociedade, embora sejam utilizados como identificador cultural.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['portuguese']
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45
3
Nas histórias em quadrinhos, o Pantera Negra ganha habilidades físicas e mentais sobre-humanas ao ingerir ou aplicar sobre seu corpo uma solução da erva em formato de coração, cujos efeitos perduram durante a vida do herói, mas não são transmitidos aos descendentes. Essa planta cresce em Wakanda, região da África equatorial oriental, onde um meteorito contendo um metal chamado Vibranium caiu há $10$ mil anos e provocou mutações na planta. Uma explicação coerente com o conhecimento científico para o que ocorreu nessa situação ficcional é que a erva
{'text': ['sofreu mutações em células somáticas pela ação do Vibranium na época em que o meteorito atingiu Wakanda.', 'promoveu mutações no RNA das células do Pantera Negra.', 'provocou mutações dominantes relacionadas aos super-poderes nas células germinativas do Pantera Negra.', 'é uma planta característica de ambientes de tundra.', 'estava em estação de floração quando o meteorito caiu, causando mutações em suas células germinativas.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
E
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['biology']
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45
7
Um aumento no consumo de água e produtos agrícolas por parte da população brasileira geralmente vem atrelado a um aumento na pressão exercida sobre o meio ambiente. Selecione a alternativa que apresenta duas soluções sustentáveis, de amplo alcance nacional e economicamente viáveis, para diminuir a expansão dos cultivos sobre a vegetação nativa e para garantir recursos hídricos de qualidade para as gerações futuras. I - Aumento da exportação de produtos agrope- cuários.
{'text': ['I - Aumento da exportação de produtos agrope-cuários.II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.', 'I - Aumento progressivo da produtividade dos cultivos já existentes.II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.', 'I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.II - Aumento da utilização dos aquíferos para abas-tecimento dos cultivos.', 'I - Aumento da exportação de produtos agrope-cuários.II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.', 'I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['geography']
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15
No texto do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty é estabelecida uma conexão entre as relações sociais e a racionalidade dos indivíduos: A sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais, só se pode compreendê-la assim nos países favorecidos, em que o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo. Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da percepção, p.89. Qual sentença, se tomada como verdadeira, reforça a posição exprimida pelo filósofo no trecho?
{'text': ['A racionalidade é uma potência espiritual que se impõe sobre as circunstâncias históricas.', 'O equilíbrio vital e econômico é uma força irracional que se contrapõe aos espíritos racionais.', 'Nos países favorecidos, as pessoas são naturalmente mais racionais.', 'A racionalidade das relações sociais depende da estabilidade de circunstâncias históricas.', 'Os espíritos racionais são responsáveis pelo equilíbrio vital e econômico dos países favorecidos.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['philosophy']
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45
17
No modelo hegemônico, quase todo o treinamento é reservado para o desenvolvimento muscular, sobrando muito pouco tempo para a mobilidade, a flexibilidade, o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular. Na teoria, seria algo em torno de $70\%$ para o fortalecimento, $20\%$ para o cárdio e $10\%$ para a flexibilidade e outros. Na prática, muitos alunos direcionam $100\%$ do tempo para o fortalecimento. Como a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável, essa ordem deveria ser revista. Nuno Cobra Jr. "Fitness não é saúde". Uol. 06/05/2021. Adaptado. Sem alteração de sentido, o segundo parágrafo do texto poderia ser reescrito da seguinte maneira:
{'text': ['Ainda que a prática cardiovascular seja infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, essa ordem deveria ser revista, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável.', 'Para evitar que a prática cardiovascular se torne infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável, essa ordem deveria ser revista.', 'Quando a prática cardiovascular for infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, essa ordem deveria ser revista, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável.', 'Quanto mais a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável, essa ordem deveria ser revista.', 'Essa ordem deveria ser revista: a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
E
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['portuguese']
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No modelo hegemônico, quase todo o treinamento é reservado para o desenvolvimento muscular, sobrando muito pouco tempo para a mobilidade, a flexibilidade, o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular. Na teoria, seria algo em torno de $70\%$ para o fortalecimento, $20\%$ para o cárdio e $10\%$ para a flexibilidade e outros. Na prática, muitos alunos direcionam $100\%$ do tempo para o fortalecimento. Como a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o "coração" de um treinamento consciente e saudável, essa ordem deveria ser revista. Nuno Cobra Jr. "Fitness não é saúde". Uol. $06/05/2021$. Adaptado. Dentre as expressões destacadas, a que exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em "o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular" é:
{'text': ['um atleta de seleção precisa de treinamento intenso.', 'o amor ao esporte é fundamental para o atleta.', 'a população incorpora radicalmente atitudes saudáveis.', 'muitas pessoas se beneficiam de alimentos verdes.', 'todo tipo de atividade física faz bem à saúde mental.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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['portuguese']
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19
Por narrativas paralelas entende-se um procedimento literário segundo o qual dois ou mais fios narrativos pertencentes a níveis distintos de realidade se desenrolam intercaladamente formando um todo. Considerando-se a sua estrutura, as duas narrativas que podem ser identificadas com base nessa definição são:
{'text': ['Quincas Borba e Nove noites', 'Campo geral e Terra sonâmbula', 'Angústia e Campo geral', 'Nove noites e Terra sonâmbula', 'Quincas Borba e Angústia'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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A visão do eu-lírico no texto I
{'text': ['volta-se nostálgica para as imagens de uma lembrança.', 'centra-se com desprezo na figura do animal agonizante.', 'apreende displicentemente o movimento dos transeuntes.', 'ganha distância da cena para captar todos os seus aspectos.', 'apresenta o espectador da crueldade como um ser incomum.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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I. Suave mari magno* Lembra-me que, em certo dia, Na rua, ao sol de verão, Envenenado morria Um pobre cão. Arfava, espumava e ria, De um riso espúrio e bufão, Ventre e pernas sacudia Na convulsão. Nenhum, nenhum curioso Passava, sem se deter, Silencioso, Junto ao cão que ia morrer, Como se lhe desse gozo Ver padecer. Machado de Assis. Ocidentais. *Expressão latina, retirada de Lucrécio (Da natureza das coisas), a qual aparece no seguinte trecho: Suave, mari magno, turbantibus aequora ventis/ E terra magnum alterius spectare laborem. ("É agradável, enquanto no mar revoltoso os ventos levantam as águas, observar da terra os grandes esforços de um outro."). II. Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão. Machado de Assis. Quincas Borba, cap. XVIII. III. Sofia soltou um grito de horror e acordou. Tinha ao pé do leito o marido: – Que foi? perguntou ele. – Ah! respirou Sofia. Gritei, não gritei? (...) – Sonhei que estavam matando você. Palha ficou enternecido. Havê-la feito padecer por ele, ainda que em sonhos, encheu-o de piedade, mas de uma piedade gostosa, um sentimento particular, íntimo, profundo, – que o faria desejar outros pesadelos, para que o assassinassem aos olhos dela, e para que ela gritasse angustiada, convulsa, cheia de dor e de pavor. Machado de Assis. Quincas Borba, cap. CLXI. A analogia consiste em um recurso de expressão comumente utilizado para ilustrar um raciocínio por meio da semelhança que se observa entre dois fatos ou ideias. No texto II, a analogia construída a partir da imagem do chicote pretende sugerir que
{'text': ['o instrumento do castigo nem sempre cai em mãos justas.', 'o apreço aos objetos independe do uso que se faz deles.', 'o cabo é metáfora de mérito, e a ponta, metáfora de culpa.', 'o mais fraco, por ser compassivo, é incapaz de desfrutar do poder.', 'o prazer verdadeiro se experimenta no lado dos dominantes.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
E
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No texto III, ao analisar a interioridade de Palha, o narrador descobre, no pensamento oculto do negociante,
{'text': ['a ternura que lhe inspira a mulher, capaz de toda abnegação.', 'a piedade que lhe causa a mulher, a quem só guarda desprezo.', 'a vaidade que beira o sadismo, ao ver a mulher sofrer por ele.', 'o gozo vingativo, visto que a mulher o trai com Carlos Maria.', 'o remorso do infiel, pois ele trai a mulher com Maria Benedita.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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Largo em sentir, em respirar sucinto, Peno, e calo, tão fino, e tão atento, Que fazendo disfarce do tormento Mostro que o não padeço, e sei que o sinto. O mal, que fora encubro, ou que desminto, Dentro no coração é que o sustento: Com que, para penar é sentimento, Para não se entender, é labirinto. Ninguém sufoca a voz nos seus retiros; Da tempestade é o estrondo efeito: Lá tem ecos a terra, o mar suspiros. Mas oh do meu segredo alto conceito! Pois não me chegam a vir à boca os tiros Dos combates que vão dentro no peito. Gregório de Matos e Guerra No soneto, o eu lírico:
{'text': ['expressa um conflito que confirma a imagem pública do poeta, conhecido pelo epíteto de "o Boca do Inferno".', 'opta por sufocar a própria voz como estratégia apaziguadora de suas perturbações de foro íntimo.', 'explora a censura que o autor sofreu em sua época, ao ser impedido de dar expressão aos seus sentimentos.', 'estabelece, nos tercetos, um contraponto semântico entre as metáforas da natureza e da guerra.', 'revela-se como um ser atormentado, ao mesmo tempo que omite a natureza de seu sofrimento.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
E
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Nun´Álvares Pereira Que auréola te cerca? É a espada que, volteando, Faz que o ar alto perca Seu azul negro e brando. Mas que espada é que, erguida, Faz esse halo no céu? É Excalibur, a ungida, Que o Rei Artur te deu. ´Sperança consumada, S. Portugal em ser, Ergue a luz da tua espada Para a estrada se ver! Fernando Pessoa. In: "A Coroa", Parte I, Mensagem. A primeira parte de Mensagem, organizada como um correlativo poético do Brasão das Armas de Portugal, perfila uma série de figuras míticas e históricas que teriam sido responsáveis pela formação nacional portuguesa. A seleção de Nun´Álvares Pereira para ocupar o lugar da Coroa
{'text': ['sugere, pela imagem do halo de luz, que a verdadeira nobreza é de espírito.', 'destaca, através da referência ao mito arturiano, o seu sangue bretão.', 'distingue, por meio do substantivo "´sperança", um regente digno de seu posto.', 'enaltece, pela repetição da palavra espada, a guerra como estrada para o futuro.', 'indica, associada ao adjetivo "consumada", uma visão desenganada da história. '], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
A
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A taxação de livros tem um efeito cascata que acaba custando caro não apenas ao leitor, como também ao mercado editorial – que há anos não anda bem das pernas – e, em última instância, ao desenvolvimento econômico do país. A gente explica. Taxar um produto significa, quase sempre, um aumento no valor do produto final. Isso porque ao menos uma parte desse imposto será repassada ao consumidor, especialmente se considerarmos que as editoras e livrarias enfrentam há anos uma crise que agora está intensificada pela pandemia e não poderiam retirar o valor desse imposto de seu já apertado lucro. Livros mais caros também resultam em queda de vendas, que, por sua vez, enfraquece ainda mais editoras e as impede de investir em novas publicações – especialmente aquelas de menor apelo comercial, mas igualmente importantes para a pluralidade de ideias. Já deu para perceber a confusão, não é? Mas, além disso, qual seria o custo de uma sociedade com menos leitores e menos livros? Taís Ilhéu. "Por que taxar os livros pode gerar retrocesso social e econômico no país". Guia do Estudante. Setembro/2020. Adaptado. De acordo com o texto, os eventos sequenciais aos quais alude a expressão "efeito cascata" são:
{'text': ['livros mais caros, decréscimo de vendas, estímulo às editoras, supressão de investimento em novas publicações.', 'aumento do valor do produto final, queda de vendas, encolhimento das editoras, aumento do investimento em novas obras.', 'livros mais caros, instabilidade nas vendas, enfraquecimento das editoras, expansão das publicações.', 'aumento do valor do produto final, contração nas vendas, esgotamento das editoras, falta de investimento em novas publicações.', 'livros mais caros, equilíbrio nas vendas, diminuição das editoras, carência de investimento em novas publicações.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A taxação de livros tem um efeito cascata *que* acaba custando caro não apenas ao leitor, como também ao mercado editorial – *que* há anos não anda bem das pernas – e, em última instância, ao desenvolvimento econômico do país. A gente explica. Taxar um produto significa, quase sempre, um aumento no valor do produto final. Isso porque ao menos uma parte desse imposto será repassada ao consumidor, especialmente se considerarmos que as editoras e livrarias enfrentam há anos uma crise *que* agora está intensificada pela pandemia e não poderiam retirar o valor desse imposto de seu já apertado lucro. Livros mais caros também resultam em queda de vendas, *que*, por sua vez, enfraquece ainda mais editoras e as impede de investir em novas publicações – especialmente aquelas de menor apelo comercial, mas igualmente importantes para a pluralidade de ideias. Já deu para perceber a confusão, não é? Mas, além disso, qual seria o custo de uma sociedade com menos leitores e menos livros? Taís Ilhéu. "Por que taxar os livros pode gerar retrocesso social e econômico no país". Guia do Estudante. Setembro/2020. Adaptado. No texto, os pronomes em negrito( envoltos em *) referem-se, respectivamente, a:
{'text': ['taxação de livros, mercado editorial, crise, queda de vendas.', 'taxação de livros, leitor, crise, queda de vendas.', 'efeito cascata, mercado editorial, crise, queda de vendas.', 'efeito cascata, mercado editorial, livrarias, livros.', 'efeito cascata, leitor, crise, livros.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Chega um momento em que a tensão eu/mundo se exprime mediante uma perspectiva crítica, imanente à escrita, o que torna o romance não mais uma variante literária da rotina social, mas o seu avesso; logo, o oposto do discurso ideológico do homem médio. O romancista "imitaria" a vida, sim, mas qual vida? Aquela cujo sentido dramático escapa a homens e mulheres entorpecidos ou automatizados por seus hábitos cotidianos. A vida como objeto de busca e construção, e não a vida como encadeamento de tempos vazios e inertes. Caso essa pobre vida- morte deva ser tematizada, ela aparecerá como tal, degradada, sem a aura positiva com que as palavras "realismo" e "realidade" são usadas nos discursos que fazem a apologia conformista da "vida como ela é"... A escrita da resistência, a narrativa atravessada pela tensão crítica, mostra, sem retórica nem alarde ideológico, que essa "vida como ela é" é, quase sempre, o ramerrão de um mecanismo alienante, precisamente o contrário da vida plena e digna de ser vivida. É nesse sentido que se pode dizer que a narrativa descobre a vida verdadeira, e que esta abraça e transcende a vida real. A literatura, com ser ficção, resiste à mentira. É nesse horizonte que o espaço da literatura, considerado em geral como lugar da fantasia, pode ser o lugar da verdade mais exigente. Alfredo Bosi. "Narrativa e resistência". Adaptado. O conceito de resistência, expresso pela tensão do indivíduo perante o mundo, adquire perspectiva crítica na escrita do romance quando o autor
{'text': ['rompe a superfície enganosa da realidade.', 'forja um realismo rente à vida mesquinha.', 'é neutro ao figurar a vacuidade do presente.', 'conserva o discurso positivo da ordem.', 'consegue sobrepor a fantasia à verdade.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A escrita faz de tal modo parte de nossa civilização que poderia servir de definição dela própria. A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era — depois da escrita. Vivemos os séculos da civilização escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se no escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato escrito substitui a convenção verbal, a religião escrita se seguiu à tradição lendária. E sobretudo não existe história que não se funde sobre textos. Charles Higounet. A história da escrita. Adaptado. A escrita poderia servir de definição da nossa civilização, uma vez que
{'text': ['a terceira era está prestes a acontecer.', 'o escrito respalda as atividades humanas.', 'as convenções verbais substituíram o escrito.', 'a oralidade deixou de ser usada em períodos remotos.', 'os textos pararam de se modificar a partir da escrita.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A escrita faz de tal modo parte de nossa civilização que poderia servir de definição dela própria. A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era — depois da escrita. Vivemos os séculos da civilização escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se no escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato escrito substitui a convenção verbal, a religião escrita se seguiu à tradição lendária. E sobretudo não existe história que não se funde sobre textos. Charles Higounet. A história da escrita. Adaptado. A locução conjuntiva "de tal modo…que" e o advérbio "sobretudo", respectivamente, expressam noção de:
{'text': ['conformidade e dúvida.', 'consequência e realce.', 'condição e negação.', 'consequência e negação.', 'condição e realce.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Um vídeo tem três minutos de duração. Se o vídeo for reproduzido, desde o seu início, com velocidade de $1,5$ vezes a velocidade original, o tempo de reprodução do vídeo inteiro será de
{'text': ['1min30s.', '1min50s.', '2min00s.', '2min30s.', '2min50s.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Os funcionários de um salão de beleza compraram um presente no valor de R$ 200,00 para a recepcionista do estabelecimento. No momento da divisão igualitária do valor, dois deles desistiram de participar e, por causa disso, cada pessoa que ficou no grupo precisou pagar R$ 5,00 a mais que a quantia originalmente prevista. O valor pago por pessoa que permaneceu na divisão do custo do presente foi:
{'text': ['R$ 10,00', 'R$ 15,00', 'R$ 20,00', 'R$ 25,00', 'R$ 40,00'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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['mathematics']
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Uma empresa construiu um poço para armazenar água de reúso. O custo para construir o primeiro metro foi de R$ $1.000,00$, e cada novo metro custou R$ $200,00$ a mais do que o imediatamente anterior. Se o custo total da construção foi de R$ $48.600,00$, a profundidade do poço é:
{'text': ['15 m', '18 m', '21 m', '24 m', '27 m'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
B
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['mathematics']
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Note e adote: Em poliedros convexos, vale a relação de Euler $F-A+V = 2$, em que $F$ é o número de faces, $A$ é o número de arestas e $V$ é o número de vértices do poliedro. Um deltaedro é um poliedro cujas faces são todas triângulos equiláteros. Se um deltaedro convexo possui 8 vértices, então o número de faces desse deltaedro é:
{'text': ['4', '6', '8', '10', '12'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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['mathematics']
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Suponha que o polinômio $p(x) = x^3 + mx - 2$, em que $m$ é um número real, tenha uma raiz real dupla $a$ e uma raiz real simples $b$. O valor da soma de $m$ com $a$ é:
{'text': ['0', '-1', '-2', '-3', '-4'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
E
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['mathematics']
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Em fevereiro de 2021, um grupo de físicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicou um artigo que foi capa da importante revista Nature. O texto a seguir foi retirado de uma reportagem do site da UFMG sobre o artigo: O nanoscópio, prossegue Ado Jorio (professor da UFMG), ilumina a amostra com um microscópio óptico usual. O foco da luz tem o tamanho de um círculo de $1$ micrômetro de diâmetro. "O que o nanoscópio faz é inserir uma nanoantena, que tem uma ponta com diâmetro de $10$ nanômetros, dentro desse foco de $1$ micrômetro e escanear essa ponta. A imagem com resolução nanométrica é formada por esse processo de escaneamento da nanoantena, que localiza o campo eletromagnético da luz em seu ápice", afirma o professor. Itamar Rigueira Jr. "Nanoscópio da UFMG possibilita compreender estrutura que torna grafeno supercondutor". Adaptado. Disponível em https://ufmg.br/comunicacao/noticias/. Gadelha A C et al. ($2021$), Nature, $590$, $405-409$, doi: $10.1038/s41586-021-03252-5$. Com base nos dados mencionados no texto, a razão entre o diâmetro do foco da luz de um microscópio óptico usual e o diâmetro da ponta da nanoantena utilizada no nanoscópio é da ordem de:
{'text': ['0,0001', '0,01', '1', '100', '10000'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
D
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['physics']
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Note e adote: Considere que o calor específico e a densidade do café e do leite sejam idênticos. Um bom café deve ser preparado a uma temperatura pouco acima de $80^\circ C$. Para evitar queimaduras na boca, deve ser consumido a uma temperatura mais baixa. Uma xícara contém $60 \text{ mL}$ de café a uma temperatura de $80^\circ C$. Qual a quantidade de leite gelado (a uma temperatura de $5^\circ C$) deve ser misturada ao café para que a temperatura final do café com leite seja de $65^\circ C$?
{'text': ['5 mL', '10 mL', '15 mL', '20 mL', '25 mL'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
C
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['physics']
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Uma criança deixa cair de uma mesma altura duas maçãs, uma delas duas vezes mais pesada do que a outra. Ignorando a resistência do ar e desprezando as dimensões das maçãs frente à altura inicial, o que é correto afirmar a respeito das energias cinéticas das duas maçãs na iminência de atingirem o solo?
{'text': ['A maçã mais pesada possui tanta energia cinética quanto a maçã mais leve.', 'A maçã mais pesada possui o dobro da energia cinética da maçã mais leve.', 'A maçã mais pesada possui a metade da energia cinética da maçã mais leve.', 'A maçã mais pesada possui o quádruplo da energia cinética da maçã mais leve.', 'A maçã mais pesada possui um quarto da energia cinética da maçã mais leve.'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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